Israel atingiu locais de armas químicas na Síria duas vezes desde 2020, diz relatório

Explosões na Síria atribuídas a Israel em 30 de dezembro de 2020. Fonte: Twitter / ELINT News.

Relatório: Ataques em junho deste ano e março de 2020 visaram várias instalações ligadas à aquisição de armas químicas; nenhum comentário de Jerusalém ou Damasco.

Israel atacou locais com armas químicas na Síria em duas ocasiões distintas desde 2020, informou o The Washington Post na segunda-feira.

De acordo com o relatório, em junho deste ano, a Força Aérea israelense atingiu três locais perto de Damasco e Homs, todos ligados ao programa de armas químicas do regime de Assad.

O regime prometeu desistir dessas armas em 2013, após um ataque em massa a civis em Ghouta, no sudoeste da Síria, em agosto daquele ano. As estimativas do número de mortos variam de 300 pessoas a mais de 1.500. O ataque foi o uso mais mortal de armas químicas desde a Guerra Irã-Iraque na década de 1980.

Em março de 2020, disse o relatório, Israel atingiu um prédio e um composto ligado à produção de um produto químico usado em agentes nervosos.

A Reuters observou que repetidas investigações das Nações Unidas e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW) concluíram que “as forças do governo sírio usaram o agente nervoso sarin e bombas de cloro em ataques entre 2015 e 2018 que, segundo os investigadores, mataram ou feriram milhares.”

Ele acrescentou que “as autoridades israelenses expressaram preocupação com a possibilidade de armas químicas sírias caírem nas mãos de grupos militantes”.

Não houve resposta imediata ao relatório de Israel ou da Síria.


Publicado em 16/12/2021 07h48

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