Coordenação Moscou-Jerusalém na Síria continuará, diz embaixada russa

Militares russos na Síria. patrulha militar (Shutterstock)

“Quando você entrar em campo contra seus inimigos e vir cavalos e carros – forças maiores que as suas – não tenha medo deles, pois Hashem, seu Deus, que o tirou da terra do Egito, está com você.” Deuteronômio 20:1 (The Israel BibleTM)

A coordenação militar da Rússia com Israel na Síria é “útil” e continuará, disse a embaixada da Rússia em Israel no sábado, segundo a Reuters. A declaração segue um recente aumento na tensão entre os dois países em conexão com as ações da Rússia na Ucrânia.

A coordenação de segurança entre Jerusalém e Moscou visa evitar confrontos inadvertidos entre os militares dos dois países, ambos ativos na Síria. A Rússia está apoiando o regime do presidente Bashar Assad, enquanto Israel está empenhado em impedir o Irã de se entrincheirar na Síria e também atacar carregamentos de armas iranianos.

“Nossos oficiais militares discutem as questões práticas disso substancialmente diariamente. Esse mecanismo provou ser útil e continuará funcionando”, disse a embaixada russa em comunicado.

Na quarta-feira, a Rússia denunciou a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, horas antes de lançar sua invasão da Ucrânia.

“Estamos preocupados com os planos anunciados de Tel Aviv para expandir a atividade de assentamentos nas Colinas de Golã ocupadas, que contradiz diretamente as disposições da Convenção de Genebra de 1949”, disse o enviado russo das Nações Unidas, Dmitry Polyanskiy, em comunicado. “A Rússia não reconhece a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, que fazem parte da Síria.”

As declarações foram as primeiras da Rússia sobre Israel depois que o Ministério das Relações Exteriores de Israel divulgou uma declaração na quarta-feira em apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia.

No dia seguinte, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, que também está programado para se tornar o próximo primeiro-ministro do país, chamou o ataque russo de “uma séria violação da ordem internacional. Israel condena o ataque”.

Ele acrescentou que Israel “está pronto e preparado para fornecer assistência humanitária aos cidadãos da Ucrânia”.

Moscou convocou o embaixador de Israel para conversas para sinalizar seu descontentamento, segundo a Reuters.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett adotou um tom muito mais suave, dizendo durante a cerimônia de formatura de oficiais da IDF que “a ordem mundial como a conhecemos está mudando” e que o mundo “está muito menos estável”.

“São tempos difíceis e trágicos. Nossos corações estão com os civis do leste da Ucrânia que estão presos nesta situação”, acrescentou.


Publicado em 28/02/2022 22h35

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