Embaixador russo na Síria: ‘Israel está nos provocando a reagir’

ISRAEL TEM que examinar cuidadosamente quanto os EUA querem vender o F35 para os Emirados Árabes Unidos.

(Crédito da foto: AMIR COHEN/REUTERS)


O embaixador russo reclamou que os ataques israelenses visam “aumentar as tensões e permitir que o Ocidente realize atividades militares na Síria”.

O embaixador russo na Síria, Alexander Efimov, alertou na quinta-feira que os ataques israelenses na Síria estão “provocando” a Rússia a reagir, em uma das mais fortes condenações russas às operações israelenses na Síria.

Efimov também reclamou que os ataques israelenses visam “aumentar as tensões e permitir que o Ocidente realize atividades militares na Síria”.

A declaração ocorre em meio à invasão russa da Ucrânia, que as autoridades israelenses condenaram. Israel também forneceu centenas de toneladas de ajuda humanitária à Ucrânia e abriu um hospital de campanha no país.

O ministro das Relações Exteriores, Yair Lapid, enfatizou durante uma conferência na Universidade Reichmann na quinta-feira que Israel teve que equilibrar seus interesses de segurança na Síria, que são coordenados com a Rússia, com sua obrigação moral para com a Ucrânia em meio à invasão russa.

“Condenamos a invasão, enviamos um hospital de campanha para a Ucrânia, mas devemos evitar a possibilidade de um piloto israelense ser abatido na Síria e feito prisioneiro”, disse Lapid. “Pense no que isso fará com a sociedade israelense. O que isso fará com nossa segurança nacional?”

No início deste mês, a embaixada russa em Israel disse que via a coordenação militar com Israel na Síria continuando, dizendo: “Nossos oficiais militares discutem as questões práticas disso substancialmente diariamente. Este mecanismo provou ser útil e continuará a funcionar.”

O PRESIDENTE RUSSO Vladimir Putin se encontra com o presidente sírio Bashar Assad no Kremlin no ano passado. A intervenção na Síria continua sendo o catalisador que significou o desafio russo aos EUA. (crédito: Sputnik/Kremlin/Reuters)

Em janeiro, jatos militares sírios e russos patrulharam em conjunto o espaço aéreo ao longo das fronteiras da Síria, inclusive perto das Colinas de Golã, com planos de fazer esses voos regularmente, segundo a agência de notícias Interfax, segundo o Ministério da Defesa da Rússia.

Em fevereiro, a Rússia declarou durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU que não reconhece a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã.

O último ataque aéreo israelense na Síria foi relatado em 7 de março, quando um suposto ataque aéreo israelense atingiu locais perto do aeroporto de Damasco e do subúrbio de Al-Assad, com o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) relatando que dois de seus oficiais foram mortos no ataque.

O IRGC alertou alguns dias após o ataque que “o regime sionista, sem dúvida, pagará o preço por tal crime”.


Publicado em 25/03/2022 07h21

Artigo original: