Ameaça de ‘primeiro grau’ contra Netanyahu encontrada no túmulo do irmão Yoni

Um suspeito foi preso por escrever uma carta instruindo o primeiro-ministro a “conquistar Gaza e recuperar o corpo de Hadar Goldin”.

#Netanyahu 

A polícia israelense prendeu na noite de sábado um homem suspeito de colocar uma ameaça manuscrita de “primeiro grau” contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no túmulo de seu irmão, Yoni, no Monte Herzl.

O suspeito, um jovem de 26 anos do sul de Israel, foi levado para interrogatório pela Unidade Cibernética de Lahav 433 e pela agência de segurança Shin Bet.

A carta em hebraico e inglês, encontrada no túmulo na sexta-feira, dizia: “Esta é uma ameaça de primeiro grau, nível de alerta vermelho”.

“Bibi, você não é melhor do que [o falecido primeiro-ministro Ariel] Sharon”, dizia a carta, referindo-se a Netanyahu pelo apelido. “Sharon teve um derrame e ficou em coma por oito anos. Para você eu desejo coisas ainda piores.”

A carta delineava duas missões para Netanyahu: “conquistar” Gaza e trazer de volta o corpo de “meu conselheiro” Hadar Goldin, bem como o de Oron Shaul. Os corpos dos dois soldados IDF, bem como dois civis com histórico de problemas de saúde mental, Avera Mengistu e Hisham al-Sayed, estão sendo mantidos pelo grupo terrorista Hamas em Gaza. A carta alertava que “o tempo estava se esgotando” e dava um prazo de pouco menos de quatro meses.

O Shin Bet disse em um comunicado que “não tinha intenção de permitir uma ameaça deliberada contra um primeiro-ministro que foi colocado no túmulo de um herói israelense, e eles lidarão com o incidente com todas as ferramentas à sua disposição”.

Yoni Netanyahu foi morto na capital de Uganda, Entebbe, durante um ataque de comando das IDF em 1976 para libertar reféns israelenses e judeus cujo avião havia sido sequestrado por terroristas palestinos.


Publicado em 02/07/2023 18h08

Artigo original: