O principal terrorista do Fatah será libertado, substituindo Abbas como chefe da Autoridade Palestina?

Terrorista palestino Marwan Barghouti. (Flash90)

#Autoridade Palestina 

Fadwa Barghouti está tentando obter apoio internacional para que seu marido seja libertado da prisão israelense para suceder Mahmoud Abbas. Acredita-se que Marwan Barghouti tenha dirigido a Primeira e a Segunda Intifadas.

A esposa do terrorista preso do Fatah, Marwan Barghouti, se reuniu com líderes internacionais nas últimas semanas na tentativa de garantir sua libertação, informou o Haaretz.

O objetivo de Fadwa Barghouti é angariar apoio para seu marido – cumprindo várias sentenças de prisão perpétua em uma prisão israelense – para chefiar a Autoridade Palestina depois que Mahmoud Abbas, de 87 anos, deixar o cargo ou morrer. Abbas foi eleito em 2005 para o que deveria ser um mandato de quatro anos.

Ela se reuniu com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shukri, o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abu al-Gheit, e o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, durante a campanha, segundo o jornal israelense.

Jordânia, Egito e Liga Árabe emitiram declarações oficiais sobre as reuniões.

O terrorista de 64 anos de Kobar, no norte da Samaria, é popular nas pesquisas palestinas, principalmente entre os jovens.

De acordo com uma pesquisa de opinião pública palestina realizada em setembro do ano passado, se as eleições presidenciais fossem realizadas para a Autoridade Palestina e Abbas não concorresse, Barghouti receberia 41% dos votos; Ismail Haniyeh, líder internacional do Hamas, receberia 17%; o ex-líder do Fatah, Muhammad Dahlan, 5%; o líder do Hamas em Gaza, Yahya al-Sinwar, 4%; e o confidente de Abbas, Hussein al-Sheikh, apenas 2%.

Barghouti foi preso por Israel em 2002 e condenado por cinco acusações de assassinato dois anos depois – pela morte de quatro israelenses e um monge grego, bem como por tentativa de homicídio, conspiração para cometer assassinato e participação em uma organização terrorista.

O tribunal disse que não havia provas suficientes para condená-lo pelos outros 21 assassinatos na acusação original.

Acredita-se que ele tenha dirigido a primeira e a segunda intifadas que mataram e feriram milhares de civis israelenses.


Publicado em 04/08/2023 10h11

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