A enviada da ONU para a violência sexual em conflitos insta os membros do Conselho de Segurança a se colocarem no lugar dos reféns e das suas famílias.
“156 dias se passaram desde o sequestro de seus entes queridos, com nada menos que 16 mulheres entre os reféns”, disse Pramila Patten durante uma sessão sobre seu relatório sobre a violência sexual liderada pelo Hamas em 7 de outubro e depois. Israel acredita que 19 mulheres permanecem reféns.
“Por um lado, nada pode justificar a violência deliberada perpetrada pelo Hamas e outros grupos armados no dia 7 de Outubro contra Israel”, diz Patten. “Por outro lado, nada pode também justificar a punição coletiva do povo de Gaza, que deixou dezenas de milhares de palestinos mortos e feridos.”
“Devo também afirmar que estou horrorizada com a injustiça das mulheres e crianças que são mortas em Gaza por inúmeras bombas e tiros, e também estou indignada com o nível de mortes e dor de famílias inteiras, muitas vezes dizimadas por gerações”. Ela adiciona.
Enviado da ONU rejeita alegação israelense de que Guterres tentou suprimir relatório sobre estupro a partir de 7 de outubro/b>
A enviada especial da ONU para a violência sexual em conflitos rejeita categoricamente a alegação israelense de que o secretário-geral da ONU, António Guterres, procurou suprimir o seu relatório que confirmava as alegações de violência sexual por parte de terroristas liderados pelo Hamas a partir de 7 de Outubro.
“Devo ser clara e categórica: não houve nenhuma tentativa por parte do secretário-geral de silenciar o meu relatório ou suprimir as suas conclusões. Pelo contrário, recebi o seu total apoio, político, logístico e financeiro; e também deu instruções claras para a divulgação pública do meu relatório e a sua transmissão imediata ao Conselho de Segurança”, diz Pramila Patten no seu testemunho ao Conselho de Segurança sobre o seu relatório.
Publicado em 12/03/2024 00h22
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