IDF se aproximando da operação Rafah, Gallant sugere durante visita a Gaza

O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, durante uma visita à Cidade de Gaza, 13 de março de 2024. Crédito: Aeriel Hermoni/Ministério da Defesa.

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“Mesmo aqueles que pensam que estamos atrasando logo verão que chegaremos a todos”, disse o ministro da Defesa às tropas na Cidade de Gaza.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, durante uma visita à Faixa de Gaza na quarta-feira, pareceu indicar que a operação das Forças de Defesa de Israel contra os batalhões do Hamas na cidade de Rafah, no extremo sul, acontecerá “em breve”.

“Mesmo aqueles que pensam que estamos atrasando logo verão que chegaremos a todos”, disse ele às tropas das IDF que servem na parte ocidental da Cidade de Gaza, de acordo com uma leitura fornecida pelo Ministério da Defesa.

Gallant acrescentou que “está sendo feito um trabalho extraordinário aqui, acima e abaixo do solo, as forças chegam a todo o lado e a conclusão é que não há lugar seguro em Gaza para os terroristas.

“Levaremos à justiça todos os envolvidos no dia 7 de outubro – ou os eliminaremos ou os levaremos a julgamento em Israel. Não há lugar seguro, nem aqui, nem fora de Gaza, nem em todo o Oriente Médio”, disse ele.

Gallant falou depois que os militares anunciaram que um terrorista do Hamas responsável por muitos ataques com foguetes contra o Estado judeu, inclusive em 7 de outubro, foi morto em um ataque aéreo em Khan Yunis, no sul de Gaza.

O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu enfatizou repetidamente que dizer a Israel para se abster de operar em Rafah equivale a exigir que perca a guerra contra os terroristas.

Acredita-se que muitos dos 134 reféns ainda nas mãos do Hamas em Gaza, após 159 dias, estejam detidos no reduto do Hamas, na fronteira egípcia. Dois prisioneiros foram resgatados da cidade pelas forças especiais israelenses numa ousada operação militar no mês passado.

O presidente dos EUA, Joe Biden, está considerando condicionar a ajuda militar a Israel se Jerusalém avançar com a conquista de Rafah, informou o Politico na segunda-feira, citando autoridades em Washington.

Numa entrevista à MSNBC no fim de semana, Biden declarou que invadir Rafah é uma “linha vermelha”, antes de esclarecer rapidamente que “nunca deixarei Israel. A defesa de Israel ainda é crítica, por isso não há uma linha vermelha [onde] vou cortar todas as armas”.

Ele então sugeriu que mais vítimas civis seriam uma linha vermelha, citando os números do Hamas de 30 mil palestinos supostamente mortos na guerra. Segundo Israel, pelo menos 13 mil terroristas estão entre os mortos.

Respondendo a Biden no domingo, Netanyahu traçou sua própria linha vermelha: “Você sabe qual é a linha vermelha? Aquele 7 de outubro não acontecerá novamente.”

Cerca de três quartos dos judeus israelenses e a maioria dos israelenses em geral apoiam a expansão das operações militares contra o Hamas para Rafah, de acordo com uma sondagem realizada pelo Israel Democracy Institute.

No mês passado, Israel apresentou um plano de evacuação para civis em Rafah. A proposta prevê 15 acampamentos com cerca de 25 mil tendas cada (375 mil tendas no total) onde os deslocados de Gaza serão realocados.


Publicado em 13/03/2024 23h46

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