A UNRWA tem ‘mecanismos’ para garantir a neutralidade e ‘áreas críticas’ que precisam ser abordadas

Trabalhadores da ONU são fotografados em um armazém/centro de distribuição da UNRWA em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que teria sido parcialmente atingido por um ataque em 13 de março de 2024(Mohammed Abed/AFP)

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Um relatório provisório da análise independente da ONU sobre as alegações contra a UNRWA concluiu que a agência de ajuda aos refugiados palestinos dispõe de mecanismos para garantir a sua neutralidade, para além de deficiências que devem ser corrigidas.

O grupo de revisão apresentou ontem o relatório provisório com estas conclusões ao secretário-geral da ONU, António Guterres.

Em seguida, o painel desenvolverá o seu relatório final com recomendações sobre como a UNRWA abordará as questões de neutralidade no futuro. O relatório será divulgado no dia 20 de abril.

O grupo de revisão foi criado na sequência de alegações no final de Janeiro de que 12 funcionários da UNRWA participaram ativamente no ataque terrorista do Hamas em 7 de Outubro. Esses funcionários já foram despedidos pela agência, embora Israel argumente que a infiltração do Hamas na agência é muito mais profunda.

O relatório intercalar do painel concluiu “que a UNRWA tem em vigor um número significativo de mecanismos e procedimentos para garantir o cumprimento do Princípio Humanitário de neutralidade, e o grupo também identificou áreas críticas que ainda precisam de ser abordadas”, lê-se numa declaração do porta-voz de Guterres.

“O grupo de revisão irá agora desenvolver recomendações concretas e realistas sobre como abordar estas áreas críticas para fortalecer e melhorar a UNRWA”, acrescenta a declaração.

O grupo de revisão é liderado pela ex-ministra francesa das Relações Exteriores, Catherine Colonna, e o painel trabalhou com três institutos de pesquisa – o Instituto Raoul Wallenberg da Suécia, o Chr. Instituto Michelsen e Instituto de Direitos Humanos da Dinamarca.


Publicado em 20/03/2024 21h55

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