Como o Hamas destruiu a economia de Gaza

Trabalhadores palestinos esperam na passagem de Erez em Beit Hanun, no norte da Faixa de Gaza, enquanto esperam para entrar em Israel para trabalhar, em 13 de março de 2022. Foto de Attia Muhammed/Flash90

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Na Judeia e Samaria o desemprego é de 10%, mas em Gaza o valor é de 46%.

A economia da Faixa de Gaza foi devastada pelo grupo terrorista Hamas, cujo domínio de anos sobre o enclave palestino devastou a vida da população local, independentemente das operações militares israelenses, de acordo com um novo estudo.

O Kohelet Policy Forum, um grupo de reflexão israelense, divulgou um novo relatório que mostra o impacto negativo que o Hamas teve nos meios de subsistência dos palestinos em Gaza.

De acordo com o estudo – intitulado “A Economia Palestina e os Trabalhadores Palestinos nas Vésperas da Guerra das Espadas de Ferro” – o produto interno bruto (PIB) per capita em Gaza era aproximadamente o mesmo que o da Judéia-Samaria em 2005, com US$ 17.700, pouco antes Israel retirou totalmente todos os seus soldados e colonos civis de Gaza.

Contudo, assim que ocorreu a retirada, o PIB per capita caiu drasticamente, caindo para 5.500 dólares, ou apenas cerca de 30% do PIB na Judéia-Samaria.

Desde então, os números só pioraram em Gaza, onde a taxa de desemprego disparou, ultrapassando mesmo a elevada taxa da Judéia-Samaria.

Para a faixa etária dos 25 aos 34 anos, por exemplo, a taxa de desemprego dos palestinos na Judéia-Samaria é de 10 por cento.

Em Gaza, o número é de 46 por cento.

Nas faixas etárias dos 35-44 e dos 45-54 anos, segundo o estudo, os palestinos na Judéia-Samaria têm uma taxa de desemprego de cerca de 6 por cento, enquanto em Gaza é superior a 20 por cento.

Para as mulheres em Gaza, o desemprego em todas as faixas etárias ronda os 25 por cento, em média.

O estudo também apontou o enorme impacto que a guerra em curso entre Israel e Hamas, que o grupo terrorista lançou com o seu massacre de 7 de Outubro no sul de Israel, teve tanto em Gaza como na Judéia-Samaria.

A atividade económica em Gaza caiu 87 por cento, enquanto na Judéia-Samaria diminuiu 24 por cento, o que o estudo afirma ser “resultado do cancelamento das autorizações de trabalho para mais de 90 por cento dos trabalhadores palestinos empregados em Israel”.

Após o ataque do Hamas em 7 de outubro, quando terroristas palestinos invadiram Israel, mataram mais de 1.200 pessoas e fizeram outras 253 como reféns, Israel, por razões de segurança, cancelou as licenças de mais de 130 mil trabalhadores, incluindo muitos na indústria da construção – uma medida que também prejudicou Israel.

Em suma, o novo relatório pintou um quadro sombrio daquilo que o regime brutal do Hamas infligiu aos habitantes de Gaza, bem como do intenso trabalho que será necessário para reconstruir Gaza quando a guerra terminar.

Israel deixou claro que qualquer acordo pós-guerra em Gaza não deve incluir o Hamas no poder.


Publicado em 31/03/2024 18h42

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