Exército de israel demite comandante e repreende chefe de brigada por morte de 14 médicos em gaza

Palestinos lamentam a morte dos médicos, que foram alvo de ataques israelenses durante uma missão de resgate, após seus corpos serem recuperados, segundo o Crescente Vermelho, no hospital Nasser em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, em 31 de março de 2025. (crédito da foto: REUTERS/Hatem Khaled/Arquivo)

#Hamas 

No dia 23 de março, uma operação do Exército de Israel (IDF) resultou na morte de 14 médicos da Cruz Vermelha Internacional e deixou outro gravemente ferido em Gaza. Seis dos 14 médicos mortos eram membros do Hamas.

O Exército anunciou no domingo que está demitindo um major, vice-comandante da unidade Golani, e repreendendo o comandante da Brigada 14, identificado apenas como Coronel “T”, por suas ações durante o incidente.

O que aconteceu? Soldados da IDF confundiram ambulâncias com veículos de combatentes do Hamas e abriram fogo. Inicialmente, o Exército divulgou informações incorretas, baseadas em relatos dos soldados, como a alegação de que as ambulâncias estavam sem faróis ligados. Uma investigação liderada pelo Major-General (reserva) Yoav Har-Even revelou que essas informações eram falsas. Um relatório preliminar, divulgado em 5 de abril, corrigiu os erros.

A investigação dividiu o caso em quatro incidentes principais

– Uma ambulância foi confundida com uma ameaça e atacada.

– Várias ambulâncias foram confundidas com ameaças e também atacadas.

Um veículo da ONU foi atingido, contra as regras, supostamente para forçá-lo a deixar uma área perigosa.

Erros no manejo dos corpos e das ambulâncias após o ataque.

O incidente é considerado um dos piores da guerra, devido ao número de médicos mortos, às contradições nos relatos iniciais da IDF e ao mau manejo dos corpos. O ataque ao veículo da ONU foi visto como o mais grave, já que os soldados violaram as regras de engajamento, mesmo que a intenção não fosse matar.

Por que o comandante da brigada foi repreendido”

O Coronel “T? foi responsabilizado por não preparar adequadamente suas tropas para lidar com situações como essa, mesmo não estando presente no local. Ele também foi criticado pelo manejo inadequado dos corpos e ambulâncias após o incidente.

O que aconteceu com os corpos”

Após o ataque, os corpos dos médicos foram colocados em uma rede e enterrados na areia para protegê-los de animais. A unidade COGAT informou a ONU no mesmo dia, mas, devido aos combates, os corpos só poderiam ser recuperados após 48 horas. Em 27 de março, a ONU foi chamada para buscar os corpos, mas encontrou apenas um. A IDF sugeriu que a ONU não cavou fundo o suficiente. No dia seguinte, um oficial sênior da IDF trouxe os corpos mais para a superfície. Em 30 de março, a ONU conseguiu recuperar os demais.

Por que as ambulâncias foram confundidas?

Na manhã de 23 de março, às 4h30, a Brigada Golani montou uma emboscada contra forças do Hamas em Tel Sultan, Rafah. A operação foi bem-sucedida, mas, por volta das 6h, os soldados confundiram um grupo de ambulâncias com combatentes do Hamas. A confusão ocorreu devido a:

– Relatos imprecisos de um drone:

– Baixa visibilidade do vice-comandante Golani.

– Movimentos dos médicos, que saíram correndo das ambulâncias para tentar salvar um colega atingido anteriormente.

– Apesar das alegações iniciais da IDF, as ambulâncias estavam devidamente identificadas como da Cruz Vermelha. O Exército não explicou por que os soldados não consideraram que novas ambulâncias poderiam estar chegando para resgatar vítimas.

Hamas e o contexto

A investigação apontou que o Hamas frequentemente usa ambulâncias e hospitais para se proteger, o que torna difícil para a IDF evitar ataques a esses veículos quando há suspeita de terroristas. No entanto, o fato de seis dos 14 médicos mortos serem membros do Hamas não justifica o ataque, já que os soldados não sabiam disso no momento e, ao se aproximarem, viram que os médicos estavam desarmados.

E agora”

A IDF ainda avalia se haverá acusações criminais contra os envolvidos, decisão que caberá à Advogada-Geral Militar, Yifat Tomer Yerushalmi. Har-Even, porém, é contra acusações criminais, considerando o contexto mais amplo. A investigação destacou que os soldados não atiraram em todos os veículos que passaram pela área, mostrando alguma cautela.

O vice-comandante demitido é visto como herói pela IDF por sua atuação em meses de guerra, mesmo tendo sido ferido e retornado ao serviço. Ele foi chamado para substituir outro comandante ferido antes do incidente.

Impacto global

O caso gerou indignação internacional pelo número de vítimas, pelas falhas nos relatos iniciais e pelo tratamento dos corpos. A investigação de Har-Even analisa cerca de 350 incidentes da guerra, com 51 encaminhados para a divisão legal da IDF e cerca de 40 outros casos graves enviados diretamente para investigação jurídica.


Publicado em 20/04/2025 19h19


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Texto adaptado por IA (Grok) do original. Imagens de bibliotecas de imagens ou origem na legenda.


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