Unrwa pode ser processada nos EUA, diz departamento de justiça, permitindo ação de vítimas do ataque de 7 de outubro

Crianças se reúnem do lado de fora do portão do Centro de Treinamento Kalandia, administrado pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina, que foi invadido por forças israelenses no início do dia 18 de fevereiro de 2025. (Zain Jaafar / AFP)

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos mudou sua posição e afirmou que a UNRWA, agência da ONU que ajuda refugiados palestinos, pode ser processada em tribunais americanos

Essa decisão, anunciada em um documento apresentado em um tribunal de Nova York na quinta-feira, marca uma mudança em relação à postura do governo anterior, liderado por Joe Biden.

A nova posição está ligada a um processo movido por famílias de mais de 100 vítimas do ataque terrorista liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. Essas famílias pedem US$ 1 bilhão em indenizações, alegando que a UNRWA ajudou o Hamas ao permitir que o grupo usasse suas instalações para guardar armas, construir túneis e centros de comando sob seus prédios, além de direcionar dinheiro ao grupo ao pagar funcionários em dólares.

O Departamento de Justiça diz ao SDNY que o governo Biden errou ao argumentar que a UNRWA era imune ao processo da Alien Tort Claims Act nos EUA sobre o papel da UNRWA no massacre de 7 de outubro. (Simon Tov v UNRWA, No. 1:24-cv-04765.)

No governo Biden, o Departamento de Justiça dizia que a UNRWA, por ser parte da ONU, tinha imunidade e não podia ser processada nos EUA. Agora, o departamento mudou de ideia e afirmou que a UNRWA não tem essa proteção. O documento explica que, embora a ONU tenha imunidade em tribunais americanos, suas “entidades secundárias”, como a UNRWA, não têm o mesmo direito. Além disso, o governo americano argumenta que a UNRWA nem sequer é considerada uma parte oficial da ONU, mas apenas uma organização afiliada, como outras agências especializadas.

Essa mudança abre espaço para que a UNRWA enfrente o processo nos EUA. A agência, chamada”? de Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo, foi criada em 1949, após a guerra de 1948, que ocorreu com o surgimento do Estado de Israel. Ela fornece ajuda, saúde e educação a milhões de palestinos em Gaza, na Judéia-Samaria e em países vizinhos, como Síria, Líbano e Jordânia.

Crianças palestinas que fugiram com seus pais de suas casas no campo de refugiados palestinos de Ein el-Hilweh se reúnem no quintal de uma escola da UNRWA, em Sidon, Líbano, em 12 de setembro de 2023. (AP/Mohammed Zaatari)

Cerca de 5,9 milhões de pessoas são registradas como refugiados palestinos pela UNRWA. Esse número inclui descendentes de árabes deslocados na guerra de 1948. Israel critica a agência por considerar como refugiados até mesmo os filhos, netos e bisnetos dos deslocados originais, algo que não acontece com outros refugiados no mundo, que são atendidos por outra agência da ONU. Essa regra faz com que o número de refugiados palestinos cresça com o tempo, mesmo que muitos tenham cidadania em outros países.

Um colete da UNRWA descoberto entre um esconderijo de armas por tropas da IDF no campo de refugiados de Nur Shams, na Judéia-Samaria, em 16 de março de 2025. (Forças de Defesa de Israel)

Israel também acusa a UNRWA de piorar o conflito israelense-palestino. O país diz que escolas da agência incentivam o ódio contra Israel e que alguns funcionários participaram de atividades terroristas, incluindo o ataque de 7 de outubro. Além disso, Israel apresentou provas de que instalações da UNRWA foram usadas para atividades terroristas.

Recentemente, o parlamento de Israel aprovou uma lei, com grande apoio, que proíbe a UNRWA de atuar no país. Apesar disso, a agência continua funcionando quase normalmente em Jerusalém, segundo o jornal The Times of Israel.


Publicado em 25/04/2025 21h14


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Texto adaptado por IA (Grok) do original. Imagens de bibliotecas de imagens ou origem na legenda.


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