
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na terça-feira que planeja normalizar as relações com o novo governo da Síria e suspender as sanções contra o país, para dar à Síria “uma chance de paz”
Ele se reunirá na quarta-feira, na Arábia Saudita, com o presidente sírio Ahmad al-Sharaa, que liderou no último ano a derrubada do ex-líder Bashar al-Assad.
Trump disse que a iniciativa de reaproximação com a Síria veio por sugestão do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, e do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. “Há um novo governo que, espero, terá sucesso”, afirmou Trump, desejando “boa sorte” à Síria e pedindo que o país mostre “algo especial”.
O ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad al-Shaibani, disse que a decisão de Trump de suspender as sanções é um “momento decisivo” para o povo sírio, que busca estabilidade e reconstrução após anos de uma guerra devastadora.
Essa será a primeira vez que um presidente sírio se encontrará com um presidente americano desde 2000, quando Hafez al-Assad, pai de Bashar, se reuniu com Bill Clinton. Ahmad al-Sharaa, que já foi preso no Iraque por sua participação em uma insurgência após a invasão liderada pelos EUA em 2003, assumiu a presidência da Síria em janeiro, após sua organização, Hayat Tahrir al-Sham (HTS), tomar a capital Damasco, encerrando o governo de 54 anos da família Assad.
Segundo o jornal The Times de Londres, fontes de segurança indicam que Sharaa pode propor, durante o encontro, negociações para normalizar as relações com Israel, dentro dos Acordos de Abraão. Uma fonte de segurança dos EUA confirmou que há possibilidade de a Síria se juntar a esses acordos, com os Emirados Árabes Unidos como mediadores.
Sharaa já afirmou que Abu Dhabi está intermediando conversas entre Síria e Israel, focadas em questões de segurança e construção de confiança, já que os dois países não têm relações oficiais.
A mesma fonte disse que os EUA e países do Golfo querem afastar a Síria da influência do Irã, que apoiou o regime de Assad durante a guerra civil e é inimigo de Israel. Os líderes do Golfo apoiam o novo governo sírio e esperam que Trump faça o mesmo, vendo-o como uma barreira contra o retorno da influência iraniana.
O governo de Joe Biden deixou a decisão sobre como lidar com Sharaa para Trump, cujo governo ainda não reconheceu oficialmente o novo governo sírio. A Casa Branca informou que Trump aceitou “dar um oi” ao presidente sírio durante sua visita à Arábia Saudita.
A posição de Trump contrasta com a de Israel, que desconfia do passado extremista de Sharaa e recomenda cautela ao reconhecer o novo governo. Sharaa, antes conhecido como Abu Mohammed al-Golani, lutou contra forças americanas no Iraque após a invasão de 2003, ligado à al-Qaeda. Ele ainda é procurado no Iraque por acusações de terrorismo, e os EUA já ofereceram US$ 10 milhões por informações sobre ele. Em 2011, Sharaa voltou à Síria, onde liderou a Frente Nusra, ligada à al-Qaeda, antes de renomear seu grupo como HTS e cortar laços com a organização terrorista.
As relações entre Síria e EUA sempre foram tensas, desde a Guerra Fria, quando Damasco era aliada da União Soviética e, mais tarde, do Irã. O analista sírio Ibrahim Hamidi, baseado em Londres, disse que o encontro entre Trump e Sharaa marca uma “mudança estratégica? na Síria, com o Irã perdendo influência e a Rússia, que apoiava Assad e agora o abriga, enfraquecida. “As reuniões sírio-americanas em Riad abrem a porta para discutir diferenças em um clima de diálogo”, afirmou Hamidi, editor da revista árabe Al Majalla. “Isso é importante.”
Publicado em 13/05/2025 22h42
Texto adaptado por IA (Grok) do original. Imagens de bibliotecas de imagens ou origem na legenda.
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