Cientistas israelenses descobrem que ratos usam bigodes para ”ouvir”, em avanço que pode ajudar cegos

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doi.org/10.1016/j.cub.2025.01.061
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#Ratos 

Pesquisadores do Instituto Weizmann, em Israel, descobriram algo surpreendente: os ratos usam seus bigodes não apenas para tocar, mas também para “ouvir”

Esse achado, que pode ajudar pessoas com deficiência visual, foi publicado na revista Current Biology e mostra como os bigodes dos ratos produzem sons que ajudam na navegação.

Como funciona?

Quando os ratos movem seus bigodes, eles roçam em objetos, gerando sons sutis. Esses sons são captados pelos ouvidos dos ratos e processados na parte do cérebro responsável pela audição, chamada córtex auditivo. Isso melhora a capacidade dos ratos de entender o ambiente ao seu redor, combinando o tato com a audição.

“Os bigodes dos ratos são tão delicados que ninguém imaginava que eles poderiam produzir sons que os próprios ratos ouvissem”, explicou o professor Ilan Lampl, que liderou a pesquisa com o Dr. Ben Efron, o Dr. Athanasios Ntelezos e o Dr. Yonatan Katz, todos do Instituto Weizmann.

O Dr. Ben Efron, à esquerda, o Dr. Yonatan Katz, o Prof. Ilan Lampl e o Dr. Athanasios Ntelezos, do Departamento de Ciências do Cérebro do Instituto Weizmann de Ciências, estudam a capacidade dos camundongos de ouvir através dos bigodes. (Foto de Efron, cortesia/Ben Efron. Foto dos três cientistas, cortesia/Itai Belson)

Uma descoberta inesperada

Os cientistas usaram microfones especiais, capazes de captar sons muito agudos (ultrassons), que humanos não conseguem ouvir. Esses microfones foram colocados a cerca de 2 centímetros dos bigodes dos ratos, a mesma distância entre os bigodes e os ouvidos deles. Eles gravaram os sons produzidos quando os bigodes tocaram superfícies como folhas secas e papel alumínio, que faz um som bem característico.

Para confirmar que o cérebro dos ratos estava reagindo aos sons, os pesquisadores colocaram eletrodos no cérebro dos animais. Eles perceberam que os neurônios do córtex auditivo se ativavam quando os bigodes roçavam nos objetos. Para garantir que isso não era apenas uma reação ao toque, eles cortaram o nervo que leva informações táteis dos bigodes ao cérebro. Mesmo assim, o córtex auditivo continuou respondendo aos sons, provando que os ratos realmente “ouvem” os sons dos bigodes.

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Inteligência artificial confirma os resultados

Os cientistas criaram dois modelos de inteligência artificial (IA) para analisar os dados. Um modelo foi treinado para reconhecer objetos com base na atividade dos neurônios no córtex auditivo dos ratos. O outro identificava objetos pelos sons feitos pelos bigodes. Esses modelos confirmaram que os sons, e não o toque, eram responsáveis pelas reações no cérebro.

Por que isso é importante?

Essa descoberta mostra como os sentidos, como tato e audição, trabalham juntos. Nos ratos, isso pode ter evoluído para ajudar a caçar ou escapar de predadores. Por exemplo, os bigodes podem ajudar a distinguir se uma semente é sólida ou oca, ou escolher caminhos mais silenciosos, como grama verde, para evitar predadores como corujas.

Como isso pode ajudar humanos?

Os resultados podem ser úteis para pessoas cegas, que usam bengalas brancas para se locomover. Assim como os bigodes dos ratos, as bengalas produzem sons ao tocar superfícies, como concreto ou madeira, ajudando a identificar o ambiente. Compreender melhor esse processo pode melhorar ferramentas para deficientes visuais ou até inspirar sensores para robôs em locais com pouca visibilidade.

Essa pesquisa revela como os sentidos se combinam de forma inteligente na natureza e abre portas para novas tecnologias que podem melhorar a vida de muitas pessoas.


Publicado em 04/06/2025 18h02


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Texto adaptado por IA (Grok) do original. Imagens de bibliotecas de imagens ou origem na legenda.


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