O que realmente aconteceu no incêndio da Igreja de Taybeh?

O Embaixador dos EUA, Mike Huckabee, e outras autoridades cristãs visitam o local do incêndio criminoso na Igreja de São Jorge, em Taybeh. (X Screenshot)

#Colonos 

Uma investigação independente realizada pelo The Press Service of Israel (TPS-IL) revelou contradições nas acusações de que colonos israelenses radicais teriam ateado fogo intencionalmente a uma igreja de 1.500 anos na vila palestina de Taybeh, na região de Binyamin.

As acusações de “violência de colonos” partiram de líderes religiosos e da prefeitura de Taybeh, que divulgaram um vídeo supostamente mostrando colonos iniciando o incêndio. No entanto, a investigação levanta dúvidas sobre a origem do fogo e sugere motivações políticas por trás das denúncias.

No dia 14 de julho, o Patriarca Ortodoxo Grego de Jerusalém, Theophilos III, o Cardeal Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, e diplomatas de 20 países visitaram a Igreja de São Jorge, em Taybeh. Theophilos III afirmou que “israelenses radicais de assentamentos próximos iniciaram o incêndio perto do cemitério e da igreja, em um ataque intencional contra uma comunidade que sempre simbolizou coexistência e paz”. Ele e outros líderes cristãos pediram uma investigação transparente e que as autoridades israelenses punissem os responsáveis, alegando que as ações dos colonos foram “facilitadas por políticas do governo”.

O embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, visitou o local e classificou o incidente como “ato de terror” e “crime”, destacando a gravidade de atacar um local de culto. Porém, uma análise mais detalhada do vídeo mostra algo diferente: jovens de uma fazenda judaica vizinha aparecem correndo com equipamentos de combate a incêndio e coletes refletores, tentando apagar as chamas, e não iniciá-las. Imagens nas redes sociais mostram um adolescente com um soprador de ar comprimido, usado para controlar incêndios, mas postagens palestinas o acusaram de ser um incendiário.

A TPS-IL entrevistou um pastor menor de idade, identificado como Y., que estava no local. Ele disse que estava pastoreando animais quando o fogo começou a poucos metros, assustando o rebanho. Y. tentou apagar as chamas com sua camisa e viu palestinos saindo do cemitério, gritando e jogando objetos contra ele. Além disso, outros incêndios foram registrados nos dias 7, 8 e 11 de julho em áreas de pastagem próximas à igreja. Um fazendeiro judeu, dono da fazenda ao lado, denunciou à polícia que alguém havia ateado fogo onde seu pastor trabalhava, e a TPS-IL obteve documentos comprovando essas denúncias.

Dois pastores israelenses tentam apagar um incêndio perto de uma igreja do período bizantino na aldeia palestina de Taybeh, em 7 de julho de 2025. Captura de tela por TPS-IL

Interpretações diferentes para os mesmos fatos

Embora as datas dos incêndios coincidam com as denúncias do fazendeiro, as interpretações são opostas. Um porta-voz do Patriarcado Latino, que tem representantes em Taybeh, afirmou à TPS-IL que a igreja foi alvo de incêndios intencionais nas mesmas datas (7, 8 e 11 de julho) e que os fogos “não surgiram do nada”, relacionando-os a tensões na vila. Ele mencionou que colonos entraram em Taybeh, causando transtornos, assustando moradores e gerando conflitos, mas admitiu que não há filmagens do suposto ato de incêndio.

A polícia israelense informou que uma equipe especial está investigando o caso e pediu que qualquer pessoa com informações relevantes entre em contato.

Vista aérea da Igreja de São Jorge, do período bizantino, na aldeia palestina de Taybeh. Abaixo e à esquerda, o cemitério cristão. À direita da igreja, há marcas de queimaduras causadas por um incêndio florestal. Foto: TPS-IL

Acusações com motivações políticas

Amit Barak, especialista em assuntos cristãos em Israel, alertou que as acusações podem ter motivações políticas. Ele criticou líderes religiosos por se deixarem levar por narrativas sem verificar os fatos, sugerindo que as igrejas estão sendo usadas como “peões” em um jogo político. Barak destacou que o Conselho Mundial de Igrejas, ligado a essas lideranças, publicou em junho uma declaração pedindo sanções contra Israel, investigações de crimes de guerra e rotulando ações israelenses como “apartheid”. Segundo ele, as acusações contra “colonos” são parte de uma campanha contra Israel.

Israel Ganz, presidente do Conselho Yesha, que representa comunidades judaicas na Judeia e Samaria, chamou as acusações de “calúnias cruéis” de grupos palestinos que buscam criar conflitos e atacar os assentamentos. Ele pediu que as pessoas investiguem os fatos para entender a realidade.

A TPS-IL já havia denunciado que cristãos na Autoridade Palestina enfrentam discriminação, violência e exclusão sistemática, representando hoje apenas 1% da população local, contra 11% em 1922. O Patriarcado Ortodoxo Grego, as autoridades palestinas de defesa civil e o embaixador Huckabee não responderam aos pedidos de comentário da TPS-IL.

O caso segue sob investigação, com evidências sugerindo que as acusações contra colonos podem não ser tão claras quanto inicialmente apresentado, levantando questões sobre a verdade por trás do incêndio na Igreja de São Jorge.


Publicado em 24/07/2025 01h08


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Texto adaptado por IA (Grok) do original. Imagens de bibliotecas de imagens ou origem na legenda.


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