Netanyahu punido em nova pesquisa, mas israelenses ainda querem governo de direita

Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu (Flash90 / Yonatan Sindel)

A pesquisa mostra os israelenses insatisfeitos com o desempenho de Netanyahu durante a crise do coronavírus.

Sessenta e cinco por cento dos israelenses dizem que o desempenho do primeiro-ministro Netanyahu durante a crise da coroa foi ruim, de acordo com uma pesquisa do Canal 12 divulgada na terça-feira.

Os resultados talvez não sejam surpreendentes, dado que o país está passando por um bloqueio restritivo, que inclui uma proibição quase total de viagens aéreas.

Apenas 31% disseram que seu desempenho foi bom e 4% disseram que não sabiam, de acordo com a pesquisa com 503 entrevistados em 6 de outubro. Ela foi conduzida pela empresa de pesquisa Midgam.

O ministro da Saúde, Yuli Edelstein, do partido Likud, também não se saiu bem na pesquisa, com 53% dizendo que seu desempenho foi ruim e apenas 30% dizendo que ele estava fazendo um bom trabalho.

Em uma expressão de desaprovação, os entrevistados pareciam estar abandonando o Likud de Netanyahu pelo partido Yemina, de extrema direita, liderado por Naftali Bennett. A pesquisa mostra, se as eleições fossem realizadas hoje, que o Likud ganharia apenas 26 assentos no Knesset contra 23 de Yemina.

O Likud descartou os números, citando uma pesquisa semelhante de 2014 em que Bennett, líder de outro partido na época, estava competindo pescoço a pescoço com o Likud. No final, o Likud recebeu 30 cadeiras e o partido de Bennett apenas oito.

“Todo mundo sabe como isso termina”, tuitou o partido Likud. “Estamos acostumados com a mídia de esquerda construindo Bennett para tentar derrubar Netanyahu e o Likud. Não vai funcionar desta vez.”

No entanto, como um bloco, a direita de Israel permanece mais forte do que a esquerda, com um total de 49 assentos para os 32 da esquerda. Quando unida ao bloco religioso, a direita tem 65 assentos no Knesset, uma confortável maioria no Knesset de 120 assentos. A esquerda, quando unida ao bloco árabe (15) e Israel Beiteinu (8), consegue apenas 58 cadeiras.

A pesquisa mostra que o Partido Trabalhista, que dominou a política israelense por décadas, finalmente encontrou seu fim. Liderado por Amir Peretz, não ultrapassaria o limiar eleitoral.

Refletindo a opinião baixa do público israelense sobre o atual governo de unidade, que tem sido atormentado por lutas internas, uma maioria quer outra eleição – isto apesar de três eleições consecutivas, a última em março.

A pesquisa mostra que 49% dos entrevistados apóiam a ida às urnas novamente em breve. Divididos por bloco, 58% da centro-esquerda querem eleições e 45% da direita as querem.


Publicado em 07/10/2020 23h38

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