Arábia Saudita, Omã, Catar, Marrocos e Níger próximos a normalizar as relações com Israel, diz ministro

Ministro da Inteligência israelense, Eli Cohen

Arábia Saudita, Omã, Catar, Marrocos e Níger são os próximos na fila para normalizar as relações diplomáticas com Israel, disse o ministro da Inteligência, Eli Cohen, nessa segunda-feira.

Em uma entrevista à Ynet, o legislador do Likud disse que um segundo mandato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “ajudará a trazer mais países ao rebanho”.

Cinco países, incluindo o Marrocos, normalizarão as relações com Israel em um futuro próximo, disse Eli Cohen, ministro da inteligência de Israel no Canal 20 da televisão israelense. O oficial prometeu que os anúncios choverão após a eleição presidencial dos EUA em 3 de novembro.

O ministro da Inteligência israelense, Eli Cohen, disse em uma entrevista ao Canal 20 de televisão que seu país está intensificando os contatos com os Estados para normalizar suas relações. Assim, garantiu que os anúncios ocorrerão logo após os resultados da eleição presidencial americana de 2020, marcada para terça-feira, 3 de novembro, informa o i24news.

Eli Cohen revelou assim que Tel Aviv está a tentar normalizar as suas relações com “cinco países árabes: Arábia Saudita, Omã, Qatar, Níger e Marrocos”. O ministro da Inteligência israelense lembrou ter revelado, um dia após a assinatura do acordo de normalização entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, que “haveria outros acordos por vir com outros países do Golfo e da África”. “Foi o caso do Bahrein e do Sudão que aderiram a este caminho histórico”, acrescentou.

Eli Cohen observou que o que a região está testemunhando atualmente “é parte de grandes transformações históricas e do ponto de vista de uma potência econômica e militar israelense”. E para citar “a determinação americana em continuar esta marcha, que resulta na formação de uma frente forte que inclui Egito, Sudão, Bahrein e os Emirados Árabes Unidos, contra o eixo do mal liderado pelo Irã e Erdogan (o presidente turco, editor do Nota) “.

Esta declaração segue outra, realizada por um representante do judaísmo marroquino. Na segunda-feira, Simon Haim Skiran, secretário-geral da Federação Francesa do Judaísmo Marroquino, relatou, em sua página do Facebook, que teria ocorrido recentemente em Nova York um encontro entre “diplomatas americanos, israelenses e marroquinos para lançar as bases de uma normalização das relações entre Israel e Marrocos”. Informação a ser tomada, no entanto, com um grão de sal, visto que Simon Haim Skiran não cita fontes para apoiar suas observações.

Anúncios que preocupam ativistas pró-Palestina no Marrocos

Do lado marroquino, embora as autoridades prefiram não reagir a esta informação, ativistas pró-palestinos continuam atentos aos anúncios. Na sexta-feira, 18 de setembro, dezenas de pessoas observaram uma manifestação do lado de fora da sede do Parlamento em Rabat para condenar qualquer normalização com Israel. Atendendo a um coletivo que reuniu cerca de trinta associações, sindicatos e partidos políticos de esquerda, a ação de protesto foi uma oportunidade para os organizadores denunciarem o estabelecimento de relações diplomáticas entre os Emirados Árabes Unidos e Bahrein com o Estado hebraico e martelar casa que “a Palestina é uma causa nacional para os marroquinos”.

O protesto ocorre no momento em que a mídia israelense e americana, como o canal CNN, notadamente cita Marrocos, Omã e Sudão como os próximos signatários de acordos de paz com Israel, após o anúncio referente aos Emirados e Bahrein, no mês passado.

Ativistas anti-normalização com Israel certamente reagirão quando o Sudão também finalizou seu acordo para normalizar as relações com o Estado judeu na semana passada, para um anúncio feito esta semana.

Israel não esconde sua intenção de retomar relações diplomáticas com o reino. De fato, em fevereiro passado, a mídia israelense e americana atribuíram ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, uma operação de lobby para convencer os Estados Unidos a reconhecer a soberania marroquina sobre o Saara, em troca do restabelecimento das relações diplomáticas oficiais entre Tel Aviv e Rabat.

A declaração do ministro da inteligência israelense continua sendo a primeira de um oficial israelense com o rosto descoberto, colocando o Marrocos na lista dos próximos estados a estabelecer relações diplomáticas com o estado judeu.


Publicado em 02/11/2020 12h42

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