Após o assassinato na sexta-feira, nos arredores de Teerã, do importante cientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh, vários artigos apareceram na mídia saudita justificando o assassinato e apresentando-o como benéfico para o mundo. Alguns chegaram mesmo a atacar aqueles que o condenaram.
Os artigos sublinharam que Fakhrizadeh não era um cientista civil comum cujo trabalho contribuiu para a humanidade, mas sim o chefe do programa nuclear malicioso do Irã, que ameaça a região e o mundo. Qualquer coisa que frustre a meta do regime iraniano de adquirir armas nucleares, incluindo o assassinato de altos funcionários iranianos, é um serviço à humanidade, argumentam os autores.
Alguns dos artigos expressavam o espanto de que alguém pudesse denunciar o assassinato de um homem que serviu a um regime criminoso e trabalhou para construir uma bomba nuclear com o objetivo de perpetrar um crime hediondo.
Vale ressaltar que oficialmente, a Arábia Saudita se absteve de condenar o assassinato, embora vários de seus aliados regionais, entre eles os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Jordânia, o tenham feito vários dias após o fato.
Publicado em 03/12/2020 11h57
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