Em mensagem ao Hezbollah, IAF pratica atingir 3.000 alvos em 24 horas

Aeronave da IAF é vista participando do exercício Vered Hagalil. (Foto: Unidade do porta-voz do IDF)

O exercício envolveu toda a Força Aérea, incluindo técnicos, oficiais de munição e reservistas que foram convocados de casa para participar.

Um míssil do Hezbollah atinge um caça a jato da IAF. Em seguida, toda a Força Aérea se embaralha para participar de uma ampla ofensiva contra o Líbano, incluindo ataques contra infraestrutura como pontes, usinas de energia e aeroportos que duram 24 horas. Esse cenário foi o foco de um exercício da IDF que começou na manhã de domingo e terminou na terça-feira ao meio-dia.

Durante o exercício, a IAF provou sua capacidade de atingir 3.000 alvos do Hezbollah em um período de 24 horas.

“Praticamos defender os céus de Israel contra mísseis de cruzeiro e operar nosso sistema de defesa [aérea] ativa contra os foguetes que eles vão querer usar para atingir bases da força aérea e áreas densamente povoadas”, disse um oficial sênior da IAF.

Um F-15I – Versão israelense do F-15E

“Praticamos o ataque a alvos de alto valor em quantidades de uma forma que nunca fizemos antes”, acrescentou o oficial. “Foram 24 horas com mais de 3.000 alvos atacados – causando graves danos às operações do inimigo.”

O pessoal da IAF é visto preparando um F-35 para a operação Vered Hagalil. (Foto: Unidade do porta-voz do IDF)

Apesar das limitações impostas pelo coronavírus, cerca de 85% do pessoal da Força Aérea participou do exercício que envolveu todas as seções, incluindo técnicos, oficiais de munições e reservistas, que foram chamados a participar.

Um técnico da IAF é visto em meio à operação Vered Hagalil. (Foto: Unidade do porta-voz do IDF)

Uma das principais tarefas simuladas foi alcançar a superioridade aérea sobre o Líbano e isso foi conseguido com a destruição de todos os elementos que pudessem ameaçar aeronaves israelenses – incluindo mísseis antiaéreos, especialmente no sul do Líbano e Beirute, a sede do Hezbollah.

Este exercício foi realizado duas semanas depois que o Hezbollah tentou abater um drone da IAF sobre o Líbano. As IDF disseram na época que o míssil superfície-ar falhou e o drone continuou sua missão de reconhecimento.

Hercules C-130H da IAF é vista decolando durante o exercício de Vered Hagalil. (Foto: Unidade do porta-voz do IDF)

O oficial sênior disse que, embora o exercício tenha se concentrado no Hezbollah e no Líbano, a Força Aérea considera o Norte como uma frente única e entende que o Hezbollah também opera na Síria e que o Irã está presente em todo o que é conhecido como “Crescente Xiita,” abrangendo Irã, Iraque, Síria e Líbano.

“Olhamos ainda mais para o Leste, mas operamos lá apenas em resposta a [incidentes]”, disse ele.

Um F-15I da IAF é visto decolando em meio ao treinamento Vered Hagalil, no norte de Israel. (Foto: Unidade do porta-voz do IDF)

Tenente-coronel S., o comandante do 201º Esquadrão que voa o F-16I e participou do exercício, disse ao The Jerusalem Post que sua unidade praticou uma ampla gama de missões, desde a coleta de inteligência até o uso de muitos tipos de munições no ataque a vários alvos.

“Este exercício demonstrou uma resposta a um erro cometido pelo outro lado”, disse ele. “Mostra ao inimigo o que a Força Aérea fará em resposta a um ataque a um caça”.

Aeronave da IAF é vista decolando durante o exercício de Vered Hagalil. (Foto: Unidade do porta-voz do IDF)

S. disse que durante as 60 horas de exercício, todo o pessoal do esquadrão – de pilotos a técnicos – praticou o carregamento e descarregamento de diferentes tipos de munições dos seus caças, todos participando no exercício.

“Estamos falando aqui sobre o levantamento de munições pesando toneladas”, disse ele. “Basicamente, fizemos tudo o que faríamos em uma guerra, exceto voar para a área operacional e lançar as bombas”, acrescentou.

Um F-35 da IAF é visto em meio ao exercício Vered Hagalil. (Foto: Unidade do porta-voz do IDF)

Outro aspecto do exercício foi colocar as pessoas no clima do exercício e torcer para que os reservistas – considerados um elemento vital na Força Aérea – abandonassem seu dia-a-dia e participassem.

“Na manhã de domingo recebemos a ligação de que o exercício estava começando. Isso nos pegou de surpresa”, disse ele. “Mudamos todos os nossos planos e começamos a operar em modo de guerra.”

“Pessoas que planejaram estar com seus entes queridos no Dia dos Namorados tiveram que cancelar os planos. Nossos reservistas que planejavam ir para o trabalho no domingo e na segunda-feira tiveram que ligar para seus chefes ou colegas e dizer que não podem vir”, disse S.

F-35 da IAF decolando durante o exercício de Vered Hagalil. (Foto: Unidade do porta-voz do IDF)

“Mas acima de tudo”, acrescentou, “foi um exercício mental. Logo após o bloqueio e a incerteza, as pessoas entenderam que isso é o que deveriam fazer – e participaram do exercício.”


Publicado em 16/02/2021 20h56

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