Vitória em Gaza passa sobre Jerusalém

A divisão de Jerusalém em quadrantes judeu, muçulmano, cristão e armênio

O chefe de gabinete das IDF sabe que em Gaza eles estão lutando pela libertação de Jerusalém?

A IDF teve alguns bons sucessos na esfera militar. Cerca de 50 terroristas já foram mortos, entre eles comandantes vitais do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina. O Hamas, entretanto, definiu essa rodada de combates como “por Jerusalém” e, nessa esfera, aproveitou a vantagem. O Hamas tem um sentimento de vitória em relação a Jerusalém, que é a principal razão pela qual os árabes em Israel estão agindo de forma selvagem.

O analista americano David Wurmser enfocou o importante aspecto psicológico das campanhas militares. O ethos das IDF é puramente militarista por natureza, com adendos para a defesa de civis e um código ético de armas.

Portanto, a notícia que o alto comando e os líderes políticos das IDF não vão querer ouvir é esta: A dimensão psicológica e ideológica é decisiva em qualquer guerra, particularmente na guerra atual na qual estamos agora atolados. O chefe de gabinete das IDF sabe que em Gaza eles estão lutando pela libertação de Jerusalém? Em grande medida, esta é uma batalha mais dura do que a travada por Motta Gur e seus pára-quedistas em 1967.

Em primeiro lugar, não se trata apenas de tirar as luvas, como diz o clichê. Precisamos reconhecer que não teremos um ponto de partida ideal daqui a um ou dois anos. Este é o ponto de partida imposto a nós, e as IDF podem vencer, estrondosamente. A ênfase está em “ganhar”, como o chefe de gabinete tem discutido desde o primeiro dia de seu mandato. Não é um “preço alto”, não é “golpes surpreendentes” ou qualquer outro clichê nessa linha.

Não somos os especialistas militares ou tecnotáticos que os comandantes das IDF são. Mas é óbvio que, nas atuais circunstâncias, a vitória exigirá a destruição da infraestrutura e da força de trabalho inimiga em um grau e ferocidade que quase certamente chocará os estados ocidentais e nossos irmãos judeus que apóiam o Partido Democrata.

Mas estamos lutando por Jerusalém, não por pontos de opinião pública. Além disso, a calamidade que as IDF podem fazer cair sobre o inimigo deve traumatizar qualquer liderança que resta, junto com os residentes de Gaza, Judéia e Samaria, e os árabes de Israel.

Em Jerusalém, Israel deve implementar medidas que mudem o status quo no Monte do Templo em favor dos judeus. A soberania israelense precisa ser sentida. Este status quo alterado também deve ser visto na própria Gaza. Partes da Faixa de Gaza, talvez seu setor norte, devem voltar para as mãos de israelenses. Os comandantes da IDF devem ser assertivos. Isso é guerra. A liderança do Hamas precisa pagar o preço, com Haniyeh ou sem ele. O piromaníaco Mahmoud Abbas também deve pagar um preço. Que preço? Isso cabe aos nossos líderes militares, determinar.


Publicado em 13/05/2021 10h35

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