
Funcionários do Ministério das Relações Exteriores afirmam que não ficaram surpresos com a decisão da Bolívia de cortar relações e com a retirada dos embaixadores do Chile e da Colômbia e têm esperança de que outros países não sigam o exemplo; Por outro lado, há manifestações de apoio de outros países do continente
A Bolívia anunciou na terça-feira que cortaria os laços diplomáticos com Israel, e os embaixadores do Chile e da Colômbia foram chamados de volta de Israel para consultas antes de tomar novas medidas.
O Ministério das Relações Exteriores afirma não ter ficado surpreso com essas decisões; no entanto, está a trabalhar simultaneamente para garantir que outros países não sigam o exemplo. Segundo avaliações, a Nicarágua, considerada mais extremista, também deverá anunciar que romperá relações com Israel. “Nossas divergências são principalmente com a liderança, não com as populações – aí recebemos apoio”, disse Yoni Peled, vice-diretor de Países Latino-Americanos do Ministério das Relações Exteriores.
Na verdade, noutras partes do continente, assistimos a manifestações generalizadas de apoio durante os dias de guerra, tanto por parte do público como dos seus representantes. O ministro das Relações Exteriores da Guatemala fez um apaixonado discurso pró-Israel em uma assembleia da ONU.
No Brasil, vários senadores reuniram-se e exibiram imagens dos reféns detidos pelo Hamas no Congresso, organizando protestos de apoio substanciais. O Senador Magno Malta juntou-se pessoalmente a uma demonstração de apoio e orgulhosamente vestiu uma bandeira israelense após o ataque de 7 de Outubro. No México, os evangélicos organizaram manifestações de apoio, enquanto no Paraguai ocorreram manifestações de apoio e iluminações de edifícios com as cores da bandeira israelense. Mesmo na Argentina, um firme defensor de Israel, enormes exposições e edifícios foram iluminados em azul e branco.
“Bring them home now!”
— Yonatan Gonen (@GonenYonatan) October 30, 2023
Brazilian congressmen hold the photos of the Israeli hostages, tell their story and call for their immediate release in an event that was broadcast live across Brazil
pic.twitter.com/Oq1Bk9j2fB
Parlamentares brasileiros seguram as fotos dos reféns israelenses, contam sua história e pedem sua libertação imediata em evento transmitido ao vivo para todo o Brasil
O governo da Bolívia anunciou que cortaria relações diplomáticas com Israel após a sua condenação das vítimas palestinianas em Gaza, ignorando visivelmente os trágicos acontecimentos de 7 de Outubro, quando pelo menos 1.400 israelenses foram mortos e 240 foram feitos reféns pelo Hamas. O vice-ministro das Relações Exteriores da Bolívia, Freddy Mamani, afirmou durante uma entrevista coletiva que “a Bolívia decidiu cortar os laços diplomáticos com o estado de Israel devido à agressiva e desproporcional ofensiva militar israelense que ocorre na Faixa de Gaza”.
No Chile, o presidente Gabriel Boric disse que a retirada do embaixador de seu país é para consultas, após a “violação do direito humanitário internacional em Gaza” por parte de Israel. Segundo Boric, “o Chile condena veementemente essas ações militares e as vê com preocupação”. Boric também acusou Israel de cometer um “massacre”. Semelhante à Bolívia, o Chile não mencionou o ataque do Hamas a Israel.
Publicado em 01/11/2023 19h49
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