Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv usam CRISPR para reduzir células de câncer

Prof. Dan Peer.

#CRISPR 

Cientistas da Universidade de Tel Aviv (TAU), em Israel, conseguiram usar uma tecnologia chamada CRISPR, que funciona como uma “tesoura genética”, para eliminar um gene específico de células de câncer em tumores de cabeça e pescoço

Em testes feitos com animais, metade dos tumores desapareceu. Os resultados foram publicados na revista Advanced Science.

O estudo foi liderado pela Dra. Razan Masarwy, que trabalha no laboratório do Prof. Dan Peer, um especialista reconhecido mundialmente por desenvolver medicamentos baseados em mRNA (uma molécula que ajuda a “instruir” as células). “Neste estudo, mostramos que existem genes sem os quais as células de câncer não conseguem sobreviver. Isso os torna ótimos alvos para o tratamento com CRISPR”, disse Peer.

O que são cancers de cabeça e pescoço?

Peer explica que esses tipos de câncer são muito comuns e estão entre as cinco principais causas de morte por câncer no mundo. Eles geralmente começam na língua, na garganta ou no pescoço e, se não forem tratados cedo, podem se espalhar para outras partes do corpo. “Se descobertos no início, podemos atacá-los diretamente. Nosso objetivo foi usar a edição genética para remover um único gene e fazer com que toda a estrutura da célula cancerosa desmoronasse, como um castelo de cartas”, afirmou ele.

Como eles fizeram isso?

A equipe de Peer é conhecida por criar medicamentos de mRNA envoltos em pequenas partículas de gordura (lipídios) feitas em laboratório, que imitam as membranas das células do corpo. Neste estudo, eles usaram essas partículas para carregar o sistema CRISPR em forma de RNA. As partículas foram cobertas com um anticorpo que reconhece uma proteína chamada EGF, que fica na superfície das células de câncer.

“Escolhemos o EGF porque as células cancerosas têm muitos receptores dessa proteína”, explica Peer. “Injetamos o remédio diretamente no tumor em um modelo animal e usamos o CRISPR para ”cortar” o gene do DNA da célula cancerosa.?

O resultado foi impressionante: após três injeções, com uma semana de intervalo entre elas, 50% dos tumores sumiram depois de 84 dias. Isso não aconteceu no grupo de controle, que não recebeu o tratamento. “Foi como um efeito dominó, exatamente como previmos”, comemorou Peer.

Uma novidade no combate ao câncer

Em 2020, o time de Peer já tinha sido o primeiro a usar CRISPR para remover genes de células cancerosas em camundongos de forma específica. Agora, eles aplicaram essa técnica pela primeira vez em cancers de cabeça e pescoço.

Normalmente, o CRISPR não é usado contra o câncer porque os cientistas achavam que tirar apenas um gene não seria suficiente para acabar com as células cancerosas. Mas Peer provou o contrário: “Mostramos que alguns genes são essenciais para a sobrevivência dessas células. Sem eles, o câncer não resiste. Claro, as células podem tentar compensar com outros genes, então talvez precisemos cortar mais de um. Estamos estudando isso.?

O que vem pela frente?

Peer acredita que essa técnica pode funcionar contra vários tipos de câncer. “Teoricamente, ela pode ser usada em muitos casos. Já estamos trabalhando em outros tipos, como mieloma, linfoma e câncer de fígado”, disse ele.

Por enquanto, o estudo é uma prova de que o CRISPR pode ser uma arma poderosa contra o câncer, especialmente ao atingir genes que as células malignas não conseguem viver sem. Com mais pesquisas, essa abordagem pode abrir portas para tratamentos mais eficazes e direcionados no futuro.


Publicado em 13/03/2025 09h17


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Texto adaptado por IA (Grok) do original. Imagens de bibliotecas de imagens ou origem na legenda.


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