Após um processo de elaboração que durou menos de duas semanas, a Síria anunciou uma constituição temporária que vai guiar o país pelos próximos cinco anos.

Al Azem Palace (Palácio de As”ad, Pasha al-”Azm)

#Syria 

Esse documento serve como uma base enquanto o governo se prepara para eleições regulares em 2030

Ele foi criado depois de um diálogo nacional no último mês, que reuniu representantes de várias partes do país para discutir o futuro da nação.

Ao analisar a declaração constitucional, percebe-se que as promessas feitas antes sobre respeitar os direitos das mulheres e das minorias religiosas continuam sendo importantes para o novo governo. Mesmo assim, o documento dá muito poder ao presidente e deixa claro que a lei islâmica é a base principal das regras do país.

O Artigo III diz: “A religião do Presidente da República é o Islã? e “a jurisprudência islâmica é a principal fonte de legislação”. Essas palavras são mais fortes do que na constituição anterior da Síria, que mencionava a lei islâmica apenas como uma das fontes, não a principal.

Ainda assim, a constituição também promete proteger “todas as religiões divinas? e garante o direito das pessoas de praticarem sua fé, desde que isso não cause problemas para a ordem pública. Não está claro ainda como isso vai funcionar na prática, mas parece que o governo quer tolerar cristãos e outras minorias religiosas.

Além de proteger a liberdade religiosa, outros artigos garantem vários direitos humanos, como o direito das mulheres de estudar e trabalhar.

O anúncio dessa constituição acontece em um momento em que a Síria enfrenta muita violência, especialmente em áreas onde vivem mais alauítas, no oeste do país. Essa violência tem sido um grande obstáculo para o governo, que tenta unir a nação, e mostra que as tensões entre diferentes grupos não vão desaparecer tão cedo.

Ahmed al-Sharaa, o novo presidente da Síria, tem falado bastante sobre a importância de tolerar diferentes religiões e tomado algumas ações para proteger esses grupos. No entanto, ele é conhecido por apoiar ideias do salafismo-jihadista e tem um passado mais ligado à perseguição religiosa do que à defesa da liberdade de crença.

“Diversidade é nossa força, não uma fraqueza”, disse al-Sharaa em um discurso quando tomou Aleppo, antes de chegar a Damasco. Apesar disso, soldados ligados ao grupo HTS, que apoia al-Sharaa, teriam ido de porta em porta em Damasco perguntando às pessoas qual é a religião delas, o que sugere que a religião ainda pode ser motivo de conflito.

Parte dessa confusão nas mensagens pode vir do fato de que al-Sharaa e o HTS sempre estiveram mais focados em derrubar o regime de Assad do que em criar uma visão clara e positiva para o futuro do país.

Enquanto o mundo observa que tipo de governo vai substituir o regime de Assad, centenas de milhares de pessoas de minorias religiosas na Síria também estão atentas. Para elas, o respeito do novo governo pela liberdade religiosa é algo muito pessoal e ainda incerto.

Se al-Sharaa continuar mostrando apoio aos direitos dos cristãos e outros grupos, isso seria uma mudança muito positiva. Mas não há garantia disso, e se ele voltar aos velhos hábitos de quando trabalhou com o Estado Islâmico e a al-Qaeda, seria um desastre para essas comunidades que já sofreram tanto sob o governo de Assad.


Publicado em 23/03/2025 16h59


English version


Texto adaptado por IA (Grok) do original. Imagens de bibliotecas de imagens ou origem na legenda.


Artigo original:


Geoprocessamento
Sistemas para drones
HPC
Sistemas ERP e CRM
Sistemas mobile
IA