Currículo escolar palestino glorifica violência e viola promessas de reforma

Palestinos em uma escola da UNRWA no acampamento de Nuseirat, na faixa central de Gaza, depois de um ataque aéreo israelense contra terroristas, em 6 de junho de 2024. Foto de Abed Rahim Khatib/Flash90.

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Um estudo revelou que as salas de aula palestinas continuam sendo um lugar onde o extremismo é incentivado, com novos materiais educacionais mantendo ideias perigosas e antigas, segundo uma pesquisa recente

O currículo escolar online, criado pela Autoridade Palestina (AP) para os alunos de Gaza durante a guerra de Israel contra o Hamas, exalta a violência e o martírio, além de estar cheio de estereótipos antissemitas (preconceitos contra judeus). Esses conteúdos estão sendo usados em escolas controladas pelo Hamas, que elogiam os ataques de 7 de outubro de 2023, conforme apontou um grupo de estudos britânico nesta segunda-feira.

Essas descobertas vêm após o ataque liderado pelo Hamas no sul de Israel e a guerra de quase um ano e meio que ele causou em Gaza. Isso vai contra as promessas feitas pela Autoridade Palestina a países que a financiam, de que reformariam a educação. Mesmo assim, nações ocidentais que apoiam a AP, com sede em Ramallah, ainda querem que ela assuma o controle de Gaza no lugar do Hamas.

O estudo da ONG Impact-se, baseada em Londres, analisou os livros didáticos usados este ano por quase 300 mil estudantes palestinos de 1º ao 12º ano em Gaza. Ele mostra que esses materiais apagam o Estado de Israel do mapa, têm imagens violentas e promovem o antissemitismo.

O relatório também destaca que pelo menos quatro escolas reabertas em Gaza, sob controle do Hamas, celebram abertamente o ataque de 7 de outubro – considerado o pior contra o povo judeu desde o Holocausto – usando livros e materiais que incentivam o ódio.

“Se a comunidade internacional quer paz e estabilidade no Oriente Médio, precisa entender a importância de um sistema educacional em Gaza que ensine paz, não ódio”, disse Sharren Haskel, vice-ministra das Relações Exteriores de Israel, ao JNS. Ela alertou que, enquanto o Hamas controlar a vida civil em Gaza, as crianças continuarão sendo ensinadas a adotar ideias radicais islâmicas, o que só vai gerar mais conflitos no futuro.

Haskel também pediu que a União Europeia (UE) pressione a AP para usar um currículo que promova paz, convivência e tolerância. “Agora, a UE está financiando um currículo islâmico radical. Qualquer material que glorifique violência extrema e o massacre de 7 de outubro é uma vergonha absoluta e não deveria ter apoio internacional”, afirmou.

Antissemitismo

Os livros online da AP continuam usando histórias e imagens antissemitas, apesar de promessas anteriores de seguir os padrões da UNESCO para a educação. Por exemplo, um livro de história do 11º ano mostra um desenho de uma mão com a Estrela de Davi (símbolo judaico) segurando o mundo, reforçando o velho preconceito de que judeus controlam tudo. Um livro de educação islâmica descreve “os judeus” como “mentirosos, imorais e manipuladores que odeiam o Islã”, diz o relatório.

Incentivo à violência

O conceito de jihad (guerra santa) é exaltado no sistema educacional como “o auge do Islã” e um caminho direto para o “martírio”. Há descrições poéticas e gráficas de mártires “subindo montanhas de sangue jorrando”. Exercícios perguntam aos alunos: “Como os mártires enfrentaram a morte”” e descrevem a morte como algo que “os atacou com uma picareta”.

Desde o 1º ano, os mártires são mostrados como figuras divinas. As crianças aprendem a letra H em árabe com a palavra “shah”d” (mártir), e a jihad é chamada de “um dos portões do paraíso”, segundo o estudo.

Os novos materiais da AP também ensinam ciências e matemática de forma a incentivar violência e ódio contra Israel. Um exercício de matemática do 3º ano pede que os alunos escrevam quantos mártires morreram na Primeira Intifada (revolta contra Israel). Uma aula de estatística do 9º ano pede que calculem o número de “mártires” mortos por Israel.

Ódio nas escolas

Enquanto a AP lançou um programa de ensino remoto para Gaza, o incentivo ao ódio e à violência continua nas escolas reabertas pelo Hamas, diz o estudo. Por exemplo, no último mês, na Escola Primária Al-Nasr, em Gaza, alunos recitaram um poema elogiando o massacre de 7 de outubro. Uma mensagem no quadro para crianças de 7 a 8 anos dizia: “Vocês são a história, vocês são o toufan [enchente]”, celebrando o ataque do Hamas, chamado de “Enchente de Al-Aqsa”.

Na Escola Secundária para Meninas Muscat, no campo de refugiados de Nuseirat, as alunas estudam um livro com um poema violento do poeta egípcio Hashim Al-Rifa”i, que diz que “um dia com a arma na mão” haverá um retorno violento às cidades israelenses.

Falha nos padrões internacionais

O estudo conclui que o currículo de 2025 “não atende aos padrões educacionais internacionais básicos” e vai contra as promessas feitas pela AP à UE no ano passado. A AP havia prometido reformar seu conteúdo educacional para seguir os padrões de paz e tolerância da UNESCO em troca de financiamento contínuo. Um diálogo de alto nível entre a UE e a AP sobre “avanços nas reformas” está marcado para o próximo mês em Bruxelas.

O chefe da Impact-se, Marcus Sheff, disse que a AP falhou no “teste decisivo” após assinar o acordo com a UE. “Vemos que a AP continua ensinando ódio e violência em seu currículo, promovendo antissemitismo, glorificação do terrorismo e desumanização de israelenses. As salas de aula palestinas ainda são um terreno fértil para o extremismo, com materiais que reforçam narrativas perigosas”, afirmou.

Um estudo anterior da mesma organização mostrou que a Arábia Saudita removeu quase todo o conteúdo antissemita e anti-Israel de seus livros escolares no último ano.


Publicado em 25/03/2025 08h10


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Texto adaptado por IA (Grok) do original. Imagens de bibliotecas de imagens ou origem na legenda.


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