O governo de israel aprovou uma decisão para iniciar um processo de registro de terras na Área c da Judéia-Samaria; isso representa cerca de 60% desse território.

Trabalhadores palestinos trabalham em um canteiro de obras em Ma”ale Adumim, na Judéia-Samaria, em 29 de fevereiro de 2024. (Menahem Kahana / AFP)

#Judéia e Samaria 

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, afirmou que a medida tem como objetivo “desenvolver assentamentos? e faz parte de um plano para, na prática, anexar a região

A decisão, tomada no domingo à noite, determina que o ministro da Defesa ordene às autoridades regionais israelenses o início do registro de terras. Um grupo interministerial será formado para organizar esse processo em até 60 dias. Além disso, a resolução declara que o registro de terras feito pela Autoridade Palestina na Judéia-Samaria não terá validade legal para Israel, e as agências de segurança devem impedir esse processo.

O ministro da Defesa, Israel Katz, que apoiou a medida junto com Smotrich, elogiou a decisão, dizendo que ela “faz justiça aos assentamentos judaicos em Judeia e Samaria [nome usado por Israel para a Judéia-Samaria] e vai fortalecê-los e expandi-los”. Grupos de colonos e organizações de direita também celebraram a medida, vendo-a como uma afirmação da soberania de Israel sobre a Judéia-Samaria.

Por outro lado, a organização Peace Now, que se opõe aos assentamentos, criticou a iniciativa, chamando-a de “roubo em grande escala de terras palestinas”. Segundo eles, o processo não permitirá que palestinos registrem suas terras de forma justa e é um passo para a anexação da Judéia-Samaria. Cerca de dois terços das terras na Área C nunca foram formalmente registradas. Durante o controle jordano da Judéia-Samaria (1949-1967), um processo de registro foi iniciado, mas foi interrompido por Israel em 1968, após a captura do território na Guerra dos Seis Dias.

Smotrich descreveu a decisão como parte de uma “revolução de soberania” na região, dizendo que Israel está assumindo responsabilidade permanente pelo território. Ele afirmou que o registro criará “certeza jurídica” e abrirá espaço para novos assentamentos, além de impedir o que ele chama de tentativas da Autoridade Palestina de “controlar áreas abertas”. O ministro também mencionou um plano maior para trazer um milhão de pessoas para os assentamentos, com o objetivo de “reforçar a segurança de Israel” e evitar a criação de um “estado palestino terrorista”.

Yoni Mizrahi, da Peace Now, expressou preocupação de que o processo dificultará o registro de terras privadas pelos palestinos na Área C, especialmente porque Smotrich deixou claro que o foco é expandir os assentamentos. Ele também argumentou que, segundo o direito internacional, Israel, como potência ocupante, não tem autoridade para realizar esse tipo de registro, já que ações que alterem permanentemente o status do território ocupado são proibidas. “Se você controla o registro de terras, isso é anexação”, disse Mizrahi.

A Peace Now também alertou que Israel, como potência ocupante, não pode ser um juiz imparcial para decidir sobre reivindicações de terras, e os palestinos podem não ter acesso aos documentos necessários para provar a posse de suas propriedades. Isso aumenta o risco de perderem suas terras no processo.

Por outro lado, a organização de direita Regavim, que combate construções palestinas consideradas ilegais, celebrou a medida como um “avanço crucial” para bloquear os esforços de registro de terras da Autoridade Palestina. Eles afirmaram que a Autoridade Palestina tem investido milhões de dólares e centenas de trabalhadores nesse processo. O Conselho Yesha, que representa autoridades municipais dos assentamentos, também elogiou a decisão, chamando-a de “uma mudança necessária” para afirmar a soberania de Israel na região.


Publicado em 13/05/2025 13h02


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Texto adaptado por IA (Grok) do original. Imagens de bibliotecas de imagens ou origem na legenda.


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