Síria expressa interesse em retomar acordo de fronteira de 1974 com Israel

Soldados israelenses operando no lado sírio da cerca da fronteira, 15 de dezembro de 2024. Foto de Jamal Awad/Flash90.

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A Síria, sob nova liderança, anunciou na sexta-feira que está disposta trabalhando com os Estados Unidos para restaurar o acordo de separação de forças de 1974 com Israel

Esse acordo, criado após a Guerra do Yom Kippur, estabeleceu uma zona neutra monitorada pela ONU (Organização das Nações Unidas) entre os dois países, com o objetivo de manter a paz na fronteira.

Conversas entre Síria, EUA e Israel

O ministro das Relações Exteriores da Síria, Asaad al-Shaibani, falou por telefone com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Após a conversa, al-Shaibani disse que a Síria deseja cooperar com os EUA para voltar a cumprir o acordo de 1974. Rubio, por sua vez, afirmou que discutiram temas importantes, como o combate ao terrorismo, a influência do Irã, as relações entre Síria e Israel e a destruição de armas químicas que sobraram do antigo governo de Bashar Assad.

Thomas J. Barrack Jr., embaixador dos EUA na Turquia e enviado especial para a Síria, disse ao jornal *The New York Times* que Israel e Síria estão em negociações “significativas? para trazer calma à região da fronteira. No entanto, ele alertou que isso pode levar tempo, porque o novo líder sírio, Ahmed al-Shara (também conhecido como Abu Mohammed al-Jolani, ex-membro da Al-Qaeda), enfrenta resistência interna. Barrack explicou que al-Shara precisa agir com cuidado para não parecer que está sendo pressionado a aceitar acordos como os Acordos de Abraão, que normalizaram as relações de Israel com países árabes como Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos.

Posição de Israel

Na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa”ar, afirmou que Israel quer expandir os Acordos de Abraão e incluir países como Síria e Líbano em um “círculo de paz”. Ele também reforçou que as Colinas de Golã, anexadas por Israel há mais de 40 anos, continuarão sendo parte do país em qualquer acordo de paz.

Também na segunda-feira, o Conselho de Segurança da ONU renovou por mais seis meses a missão de paz (UNDOF) que monitora a fronteira entre Israel e Síria, criada pelo acordo de 1974.

Contexto de Segurança

Após a queda do governo de Bashar Assad em dezembro, liderada por grupos jihadistas sunitas, Israel ocupou partes do lado sírio das Colinas de Golã para criar uma zona de segurança. O objetivo é proteger as comunidades israelenses de possíveis ameaças, já que a Síria está em um momento de instabilidade, com diferentes grupos disputando poder.

Na terça-feira, o chefe do Exército de Israel, tenente-general Eyal Zamir, visitou a região e destacou a importância de manter a vigilância nas Colinas de Golã, que ele chamou de “zona de defesa avançada”. Zamir disse que Israel está pronto para atacar qualquer ameaça, incluindo grupos terroristas como o Hezbollah.

Na quarta-feira, o Exército de Israel anunciou que capturou membros de uma célula terrorista apoiada pelo Irã no sul da Síria. No domingo anterior, soldados já haviam prendido outros suspeitos e confiscado armas na mesma região. A Divisão “Bashan? (210ª) de Israel está atuando no sul da Síria, desde o topo do Monte Hermon até a fronteira onde Síria, Jordânia e Israel se encontram.

Em janeiro, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, visitou o Monte Hermon sírio e declarou que o Exército permanecerá na área por tempo indeterminado para garantir a segurança das comunidades de Golã e do norte de Israel.

Tensões Recentes

Em 3 de junho, terroristas sírios dispararam dois foguetes contra o lado israelense das Colinas de Golã. Os projéteis caíram em áreas abertas, sem causar danos ou feridos. Em resposta, o ministro Katz disse que considera o líder sírio al-Shara “diretamente responsável? por qualquer ataque contra Israel e prometeu uma resposta dura.

Conclusão

A Síria, sob nova liderança, mostra interesse em retomar o acordo de 1974 com Israel para reduzir tensões na fronteira, com apoio dos EUA. No entanto, as negociações podem ser lentas devido a resistências internas na Síria e à complexidade da situação política. Israel, por sua vez, mantém uma postura firme, priorizando a segurança nas Colinas de Golã e a luta contra ameaças terroristas, enquanto busca expandir acordos de paz na região.

Nota: Para mais detalhes, é recomendável acompanhar fontes oficiais, como comunicados do governo sírio, israelense ou da ONU.


Publicado em 05/07/2025 14h34


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Texto adaptado por IA (Grok) do original. Imagens de bibliotecas de imagens ou origem na legenda.


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