Cientistas da Universidade de Tel Aviv desenvolvem tecnologia de diagnóstico rápido de melanoma

Escola de Medicina Sackler da Universidade de Tel Aviv. Crédito: cortesia.

Os ensaios foram realizados em cerca de 100 pacientes com lesões suspeitas em um grande hospital em Israel.

A tecnologia inovadora desenvolvida na Universidade de Tel Aviv tornará possível diagnosticar automática e imediatamente o melanoma com câncer de pele com risco de vida, anunciou um porta-voz da universidade esta semana.

A nova tecnologia óptica permite que as lesões sejam diagnosticadas rapidamente em um método não invasivo que não causa dor ao paciente, ao contrário dos testes que envolvem cirurgia, muitas vezes com diagnóstico tardio. Os testes foram realizados com sucesso em cerca de 100 pacientes com lesões suspeitas em um grande hospital em Israel.

Os resultados foram publicados no Jornal Internacional de Pesquisa e Prática de Física Médica.

A tecnologia foi desenvolvida no laboratório do Professor Abraham Katzir da Faculdade de Ciências Exatas Raymond e Beverly Sackler da TAU.

A detecção precoce do melanoma é crucial para salvar vidas, disse Katzir. Quando as lesões são descobertas ainda superficiais e com menos de 1 milímetro de espessura, elas podem ser removidas com o paciente se recuperando rapidamente. O diagnóstico tardio – quando o melanoma tem mais de 1 milímetro de espessura – pode ser fatal e reduz significativamente as chances de recuperação do paciente.

“A ideia que nos norteou no desenvolvimento da tecnologia foi que na faixa do visível existem várias substâncias, com cores diversas, que não são características de cada substância”, explica Katzir. “Por outro lado, na região do infravermelho, várias substâncias têm diferentes ‘cores’ de uma espécie, dependendo da composição química de cada substância. Portanto, percebemos que, com a ajuda de dispositivos que podem identificar essas ‘cores’, a pele saudável e cada uma das lesões benignas e malignas teriam ‘cores’ diferentes que nos permitiriam identificar o melanoma.”

Katzir acrescentou que “esta tecnologia nos dá uma espécie de ‘impressão digital’ que possibilita um diagnóstico claro das várias lesões, medindo suas ‘cores’ características.”


Publicado em 24/04/2021 12h52

Artigo original:


Achou importante? Compartilhe!