Hospital Hadassah de Israel: pronto para lançar ensaio humano da vacina COVID-19 no domingo

A vacina candidata do IIBR chegou ao Hadassah e foi colocada no freezer

(crédito da foto: cortesia)


O ensaio em humanos de Fase I da vacina candidata contra o coronavírus de Israel começará no domingo às 8h com um paciente de 34 anos, disse o Hadassah University-Medical Center na sexta-feira

A vacina candidata, conhecida como Brilife, foi desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Biológica de Israel.

A primeira injeção ocorrerá no Hadassah Ein Kerem em Jerusalém, capital de Israel. O voluntário é um estudante de doutorado do sul de Israel.

O desenvolvimento de uma vacina no país é considerado o passo mais significativo para ser capaz de vencer o coronavírus.

Falando na noite de quinta-feira, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que uma vacina é a única forma de sair da pandemia e que Israel está trabalhando em várias frentes para obtê-la. Isso inclui o desenvolvimento de sua própria vacina, a compra de vacinas candidatas promissoras e a negociação com outros países para poder adquirir as doses por meio delas, se necessário.

A Unidade de Pesquisa Clínica do Hadassah disse na sexta-feira que concluiu os preparativos finais para a vacinação. Na noite de quinta-feira, o participante recebeu uma mensagem do diretor da Unidade de Pesquisa Clínica do Hadassah e do coordenador de pesquisas do hospital e os detalhes finais foram acertados.

As doses da vacina foram recebidas pelo farmacêutico da unidade do Hadassah e colocadas no freezer até a manhã do domingo, quando serão preparadas para a primeira injeção.

O Sheba Medical Center também injetará a vacina em um primeiro paciente no domingo.

O estudo de Fase I em humanos durará vários meses e será conduzido em 80 voluntários saudáveis com idades entre 18 e 55 anos. Cada voluntário será monitorado ao longo de três semanas para determinar se há algum efeito colateral causado pela vacina. Os pesquisadores também vão examinar se os voluntários desenvolvem anticorpos contra o coronavírus, o que leva à imunidade.

A vacina candidata do IIBR é baseada em um método bem conhecido de vacinação, disse o instituto. A novidade é o uso do vírus da estomatite vesicular (VSV) – um tipo de vírus que não causa doenças em humanos. Por meio da engenharia genética, as proteínas são anexadas ao vírus VSV para formar “coroas” de coronavírus que são identificadas pelo corpo como COVID-19. Como resultado, o corpo produz anticorpos contra ele.

A vacina já foi testada em porcos e considerada eficaz.

O nome da vacina de Israel tem significado em hebraico. O “bri” é a primeira parte da palavra hebraica para saúde; o “il” significa Israel e “vida”, explicou o diretor geral do IIBR, Prof. Shmuel Shapira.


Publicado em 30/10/2020 11h31

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