Judeus, cristãos e muçulmanos brasileiros celebraram sua coexistência pacífica na maior nação da América Latina com uma competição centrada em um dos alimentos mais emblemáticos do Oriente Médio.
O clube judeu Hebraica, em São Paulo, organizou e sediou um campeonato inaugural de Hummus Abraâmico na última quarta-feira, programado para o Dia Internacional da Paz das Nações Unidas. Cerca de 150 pessoas compareceram ao evento, e kipás dividiram a sala com keffiyehs e outros tipos de lenços árabes.
Ariel Krok, um dos organizadores do evento, comparou a competição a um “amistoso de futebol”. O Brasil abriga quase 10 milhões de descendentes de árabes, a maior população desse tipo nas Américas, enquanto mais de 100.000 judeus chamam o Brasil de lar, incluindo cerca de 60.000 em São Paulo.
A equipe Sahtein, composta por três mulheres árabes cristãs, foi declarada vencedora pelo júri técnico. Um júri popular de participantes deu o título a um grupo de homens árabes cristãos. Ambas as equipes representaram o clube Monte Líbano de São Paulo.
“É uma chance incrível de trocar ideias, experiências e contatos. Juntos, fazendo homus, fazendo a paz, fazendo um futuro melhor”, acrescentou Krok, um ativista inter-religioso que é membro da delegação do JDCorps, o braço diplomático do Congresso Judaico Mundial.
Jack Terpins, presidente brasileiro do braço do WJC na América Latina, referiu-se ao evento em um artigo que publicou no domingo para marcar Rosh Hashaná.
“Trazer judeus, muçulmanos e cristãos em torno de um dos pratos mais populares e presentes nas mesas do Oriente Médio serviu para refinar as relações entre os três grupos e ampliar o diálogo entre eles”, escreveu Terpins na Folha de S.Paulo. jornal diário mais influente.
Publicado em 30/09/2022 09h53
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