Países latino-americanos cortam relações com Israel devido à guerra em Gaza mas apoio de brasileiros permanece

O senador brasileiro Magno Malta veste camisa com bandeira de Israel desde 7 de outubro

#Bolívia #Nicarágua #Chile 

Funcionários do Ministério das Relações Exteriores afirmam que não ficaram surpresos com a decisão da Bolívia de cortar relações e com a retirada dos embaixadores do Chile e da Colômbia e têm esperança de que outros países não sigam o exemplo; Por outro lado, há manifestações de apoio de outros países do continente

A Bolívia anunciou na terça-feira que cortaria os laços diplomáticos com Israel, e os embaixadores do Chile e da Colômbia foram chamados de volta de Israel para consultas antes de tomar novas medidas.

O Ministério das Relações Exteriores afirma não ter ficado surpreso com essas decisões; no entanto, está a trabalhar simultaneamente para garantir que outros países não sigam o exemplo. Segundo avaliações, a Nicarágua, considerada mais extremista, também deverá anunciar que romperá relações com Israel. “Nossas divergências são principalmente com a liderança, não com as populações – aí recebemos apoio”, disse Yoni Peled, vice-diretor de Países Latino-Americanos do Ministério das Relações Exteriores.

Na verdade, noutras partes do continente, assistimos a manifestações generalizadas de apoio durante os dias de guerra, tanto por parte do público como dos seus representantes. O ministro das Relações Exteriores da Guatemala fez um apaixonado discurso pró-Israel em uma assembleia da ONU.

No Brasil, vários senadores reuniram-se e exibiram imagens dos reféns detidos pelo Hamas no Congresso, organizando protestos de apoio substanciais. O Senador Magno Malta juntou-se pessoalmente a uma demonstração de apoio e orgulhosamente vestiu uma bandeira israelense após o ataque de 7 de Outubro. No México, os evangélicos organizaram manifestações de apoio, enquanto no Paraguai ocorreram manifestações de apoio e iluminações de edifícios com as cores da bandeira israelense. Mesmo na Argentina, um firme defensor de Israel, enormes exposições e edifícios foram iluminados em azul e branco.

“Traga-os para casa agora!”

Parlamentares brasileiros seguram as fotos dos reféns israelenses, contam sua história e pedem sua libertação imediata em evento transmitido ao vivo para todo o Brasil


O governo da Bolívia anunciou que cortaria relações diplomáticas com Israel após a sua condenação das vítimas palestinianas em Gaza, ignorando visivelmente os trágicos acontecimentos de 7 de Outubro, quando pelo menos 1.400 israelenses foram mortos e 240 foram feitos reféns pelo Hamas. O vice-ministro das Relações Exteriores da Bolívia, Freddy Mamani, afirmou durante uma entrevista coletiva que “a Bolívia decidiu cortar os laços diplomáticos com o estado de Israel devido à agressiva e desproporcional ofensiva militar israelense que ocorre na Faixa de Gaza”.

No Chile, o presidente Gabriel Boric disse que a retirada do embaixador de seu país é para consultas, após a “violação do direito humanitário internacional em Gaza” por parte de Israel. Segundo Boric, “o Chile condena veementemente essas ações militares e as vê com preocupação”. Boric também acusou Israel de cometer um “massacre”. Semelhante à Bolívia, o Chile não mencionou o ataque do Hamas a Israel.


Publicado em 01/11/2023 19h49

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