
O recente ataque de Israel contra o Irã, com o objetivo de atingir o programa nuclear e os mísseis iranianos, além de conter o Irã e seus aliados, acabou fortalecendo o novo governo da Síria, liderado por Ahmed al-Sharaa
Entenda, de forma simples, por que isso aconteceu, com base em uma entrevista do professor Amatzia Baram, da Universidade de Haifa, publicada no jornal Maariv.
Por que a Síria deixou Israel usar seu espaço aéreo?
Durante 12 dias, aviões israelenses cruzaram o espaço aéreo da Síria para atacar alvos no Irã. O líder sírio, Ahmed al-Sharaa, não tentou impedir essa operação. Segundo o professor Baram, isso aconteceu porque os ataques de Israel contra o Irã trouxeram benefícios ao novo governo sírio.
O Irã é um grande rival do novo regime sírio. Qualquer enfraquecimento do Irã ajuda al-Sharaa a consolidar seu poder em Damasco, capital da Síria. “Cada golpe contra o Irã é uma vantagem para o governo de al-Sharaa”, explica Baram. Por isso, mesmo que a Síria tivesse meios para atrapalhar Israel, não havia interesse em fazê-lo.
O que a Síria aprendeu com a operação de Israel?
A operação israelense ensinou duas lições importantes ao líder sírio:
Alcance das forças aéreas de Israel: Israel conseguiu manter aviões sobre o território iraniano, a quase 2.000 km de distância, durante 12 dias sem interrupções. Isso mostra o poder militar de Israel e sua capacidade de atuar tão longe.
Precisão das operações de inteligência: Israel demonstrou que pode atacar alvos específicos com muita precisão. Por exemplo, eliminou líderes militares iranianos importantes em poucos dias e atingiu bases estratégicas do Irã. Baram destaca que os ataques foram tão precisos que Israel conseguiu atingir apartamentos de alvos específicos, como cientistas ou oficiais militares, a milhares de quilômetros de distância.
Essas lições fizeram al-Sharaa perceber que Israel tem a capacidade de alcançá-lo a qualquer momento, caso ele se torne uma ameaça. “Se eu fosse al-Sharaa, eu concluiria que é melhor não me envolver com Israel se quiser evitar problemas”, diz Baram.
Por que al-Sharaa não tem interesse em enfrentar Israel?
Além do receio do poder militar de Israel, al-Sharaa não tem motivos pessoais para entrar em conflito com o país. Diferentemente dos palestinos, que reivindicam terras ocupadas por Israel, al-Sharaa não vê o território das Colinas do Golã, controlado por Israel desde 1967, como uma razão suficiente para iniciar uma guerra. Até mesmo os antigos líderes sírios, como Hafez al-Assad e seu filho Bashar, aceitaram, na prática, que o Golã está sob controle israelense, já que não tentaram retomá-lo desde 1973.
Além disso, al-Sharaa sabe que o Irã gostaria de derrubá-lo para recuperar influência na Síria. Os ataques de Israel contra o Irã dificultam esses planos iranianos, o que beneficia o líder sírio. Baram também aponta que a operação israelense mostrou que grupos aliados do Irã, como as milícias xiitas no Iraque e o Hezbollah no Líbano, não reagiram durante os 12 dias de ataques. Isso enfraquece esses grupos, que são inimigos naturais de al-Sharaa.
Um resultado inesperado: Cooperação indireta entre Síria e Israel
Curiosamente, a operação de Israel contra o Irã acabou criando uma situação de estabilidade entre Israel e a Síria de al-Sharaa. Embora o objetivo principal fosse conter o Irã, o ataque fortaleceu o novo governo sírio e abriu espaço para uma relação de não confronto entre Israel e Síria. Isso pode trazer mais equilíbrio ao Oriente Médio por alguns anos.
No entanto, os únicos aliados do Irã que não foram afetados por essa operação foram os houthis, no Iêmen, que continuam sendo uma força regional sendo observada.
Conclusão
A Síria, sob o comando de Ahmed al-Sharaa, deixou Israel usar seu espaço aéreo para atacar o Irã porque isso enfraqueceu seu maior rival e trouxe vantagens ao novo governo sírio. Além disso, a operação mostrou a al-Sharaa o poder militar e a precisão de Israel, incentivando-o a evitar conflitos diretos. Esse cenário cria uma nova dinâmica na região, com possíveis benefícios para a estabilidade entre Israel e Síria no futuro.
Publicado em 27/06/2025 07h51
Texto adaptado por IA (Grok) do original. Imagens de bibliotecas de imagens ou origem na legenda.
Artigo original:
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