O Conselho de Segurança das Nações Unidas votou contra uma resolução redigida pelos EUA para estender o embargo internacional de armas ao Irã.
(JTA) – Rússia e China se opuseram à proposta oferecida na sexta-feira. Apenas os Estados Unidos e a República Dominicana votaram a favor da resolução. Grã-Bretanha, França e Alemanha estavam entre as 11 abstenções.
Uma resolução requer pelo menos nove votos sim e não vetos para ser aprovada.
A proibição de armas deve expirar em outubro como parte do acordo nuclear de 2015 entre o Irã e as potências mundiais. Os Estados Unidos deixaram o pacto em 2018.
Na esteira da rejeição, os EUA disseram que isso desencadearia um retrocesso de todas as sanções da ONU contra o Irã, conforme previsto no acordo nuclear, conhecido como Plano de Ação Conjunto Abrangente. Não está claro, porém, se os EUA podem reativar as sanções, uma vez que não é mais parceiro do acordo.
A União Europeia embargou as exportações de armas convencionais e tecnologia de mísseis ao Irã até 2023.
O presidente russo, Vladimir Putin, está trabalhando para levar os Estados Unidos e os parceiros do acordo nuclear a uma cúpula por vídeo com o Irã para evitar um conflito.
O Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, condenou o Conselho de Segurança por rejeitar a proposta.
“O Conselho de Segurança das Nações Unidas tem a responsabilidade de manter a paz e a segurança internacionais. Hoje ele falhou em cumprir sua missão fundamental”, disse ele em um comunicado. “Ela rejeitou uma resolução razoável para estender o embargo de armas de 13 anos ao Irã e abriu o caminho para que o principal patrocinador do terrorismo mundial comprasse e vendesse armas convencionais sem restrições específicas da ONU em vigor pela primeira vez em mais de uma década. O fracasso do Conselho de Segurança em agir de forma decisiva na defesa da paz e segurança internacionais é imperdoável.”
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que havia instado os Estados Unidos a abandonar o acordo nuclear, classificou a decisão do Conselho de Segurança de “escandalosa”.
Publicado em 17/08/2020 13h11
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