‘O Monte do Templo pertence apenas aos muçulmanos’, diz legislador árabe-israelense

O líder do partido Ra’am, Mansour Abbas, na sede do partido em Tamra, na noite da eleição, 23 de março de 2021. (Flash90)

Cerca de 10.000 adoradores judeus visitaram o Monte do Templo em menos de três meses.

“O Monte do Templo pertence apenas aos muçulmanos”, disse o presidente da Lista Árabe Unida (Ra’am), Mansour Abbas, na quinta-feira, segundo o Israel National News.

Em uma entrevista concedida ao jornal Kul al-Arab, Abbas falou sobre a tendência crescente de visitas de judeus ao Monte do Templo, prometendo fazer tudo ao seu alcance para impedi-lo.

“Estamos trabalhando no governo para assumir o compromisso de não invadir a mesquita de Al-Aqsa, de não realizar cultos religiosos nela por não-muçulmanos, pois é um direito exclusivo dos muçulmanos”, disse ele. “Dediquei toda a minha vida à mesquita de Al-Aqsa e ninguém pode criticar-me nesta questão”, continuou.

Abbas observou que “Israel é um estado judeu, gostemos ou não, e a questão é qual é o nosso status no estado. Eu me considero um cidadão com cidadania plena no Estado de Israel e quero exercer todos os meus direitos.”

Ele observou que não se arrepende de ter ingressado na coalizão e que acredita que Ra’am está indo na direção certa.

Na quarta-feira, a organização Yera’e, que monitora a atividade judaica no Monte do Templo, relatou que o número de adoradores judeus no Monte do Templo aumentou entre 50% e 80% em comparação com os mesmos períodos dos anos anteriores.

Cerca de 10.000 adoradores judeus visitaram o Monte do Templo em menos de três meses, desde o início do ano judaico, informou a organização.

O Comitê de Educação do Knesset também recomendou que o assunto do Monte do Templo “e seu significado na cultura e história judaica” se torne parte do currículo obrigatório para estudantes judeus israelenses.


Publicado em 26/11/2021 22h43

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