Palestinos acusam Trump de falsificar infecção por Corona

Caricatura no jornal oficial da Autoridade Palestina mostrando COVID-19 derrotando Donald Trump em uma corrida. (Facebook)

O jornal oficial da Autoridade Palestina sugere que Trump fingiu estar doente “para ganhar simpatia” e evitar o próximo debate presidencial.

O jornal oficial da Autoridade Palestina publicou um editorial de primeira página esta semana com a manchete “Coronavírus de Trump – Falsas afirmações e expectativas”, questionando a certa altura se o presidente dos EUA, Donald Trump, fingiu estar doente com COVID-19 para marcar pontos políticos.

O editorial disse que se a afirmação de que Trump está enganando o povo americano é verdadeira, é porque Trump deseja ganhar a simpatia dos eleitores americanos e evitar futuros debates presidenciais.

O fato de a infecção de Trump ter sido anunciada logo após seu debate com Biden torna lógico que Trump quer evitar debates futuros fingindo doença, afirmou o editorial do jornal Al-Hayat al-Jadida, traduzido pelo grupo de vigilância israelense Palestinian Media Watch.

“E se a alegação de que o presidente dos EUA, Donald Trump, foi infectado com o coronavírus, for inventada? Alguns dizem que o presidente Trump fabricou essa notícia para ganhar simpatia e evitar debates futuros com seu oponente democrata, Joe Biden”, disse o editorial.

O editorial da PA acrescentou que, se Trump estiver de fato doente, talvez a doença o faça “reexaminar as políticas errôneas e agressivas em relação à humanidade … enquanto ele alimenta idéias extremistas racistas e se posiciona com a falsidade contra a verdade.”

Os palestinos ainda estão furiosos com Trump por seu plano de paz no Oriente Médio, e criticaram o presidente, embora se recusem até mesmo a falar com os americanos.

As autoridades palestinas ficaram lívidas quando os Emirados Árabes Unidos e Bahrein assinaram tratados de paz com Israel no mês passado em uma cerimônia organizada por Trump na Casa Branca.

Os palestinos disseram que a paz dos Estados do Golfo foi uma “punhalada nas costas”, mesmo quando os líderes árabes pediram que os palestinos voltassem à mesa de negociações, onde os ajudariam a chegar a um acordo com Israel.

“Independentemente de o presidente dos EUA ter contraído o coronavírus ou não, não analisaremos esta notícia com base em ilusões”, acrescentou o editorial.


Publicado em 09/10/2020 00h26

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