Portugal homenageia diplomata que salvou judeus dos nazistas

Uma performance do oratório de Neely Bruce, “Circular 14: A Apoteose de Aristides”, em homenagem a Aristides de Sousa Mendes, a emissão de milhares de vistos salvadores para refugiados judeus e não judeus contra a “Circular 14” do governo português, que a tornava ilegal para Refugiados do Holocausto passam por Portugal. Crédito: Cortesia da Fundação Sousa Mendes.

Aristides de Sousa Mendes desobedeceu às ordens quando era cônsul em Bordéus, França; em 1940, ele concedeu vistos a muitas pessoas que temiam que os nazistas os procurassem.

Portugal homenageou Aristides de Sousa Mendes, ex-diplomata do país, que ajudou a salvar milhares de judeus dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

“São raras as pessoas que, no momento decisivo, colocam a segurança de sua família em risco para o bem maior. Sousa Mendes foi uma dessas pessoas”, disse o Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, noticiou esta terça-feira a AP.

Um túmulo com seu nome foi colocado no Panteão Nacional do país.

Mendes desobedeceu às ordens dos seus superiores, incluindo do ditador António Salazar, quando era cônsul em Bordéus, França. Em 1940, ele emitiu vistos para aqueles que temiam que os nazistas os caçassem. Os vistos portugueses permitiram que judeus e outros fugissem via Lisboa a caminho dos Estados Unidos e outros países.

Mendes foi despedido e morreu na pobreza em 1954, de acordo com o relatório. O Centro de Lembrança Mundial do Holocausto Yad Vashem em Jerusalém o reconhece como um Gentio Justo e é mencionado em “Os Justos entre as Nações”.

Em 2017, o presidente português Marcelo Rebelo anunciou que Mendes receberia a maior homenagem do país: a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.


Publicado em 20/10/2021 20h25

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