‘O Irã nunca terá armas nucleares’, afirma o Mossad

David Barnea, chefe do Mossad (Kobi Gideon / GPO)

“O Irã não terá armas nucleares, não nos próximos anos – nunca, nunca.”

Um acordo nuclear com o Irã seria “insuportável”, disse o chefe do Mossad, David Barnea, na noite de quinta-feira, em uma cerimônia de Hanukkah em Jerusalém, onde 12 membros da agência nacional de inteligência receberam prêmios de excelência.

“O Irã nunca terá armas nucleares”, declarou ele, informou a mídia hebraica.

“Obviamente, não há necessidade de urânio 60% enriquecido para fins civis, não há necessidade de três locais com milhares de centrífugas ativas – a menos que haja a intenção de desenvolver armas nucleares”, disse Barnea.

“O Irã luta pela hegemonia regional, se engaja no terrorismo – que reprimimos todos os dias ao redor do mundo – e ameaça continuamente a estabilidade do Oriente Médio”, continuou ele.

“Portanto, nossos olhos estão abertos, estamos alertas e, junto com nossos colegas no estabelecimento de defesa, faremos o que for necessário para manter a ameaça longe do Estado de Israel, e impedi-la de qualquer forma.

“O Irã não terá armas nucleares, não nos próximos anos – nunca, nunca.”

No início do dia, o Jewish Chronicle relatou que o Mossad recrutou um pequeno grupo de cientistas nucleares iranianos para realizar ataques direcionados contra as instilações nucleares do regime islâmico, reduzindo os esforços para criar uma bomba nuclear.

Também na quinta-feira, o primeiro-ministro Naftali Bennett falou com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, com a conversa se concentrando principalmente no programa nuclear iraniano.

O primeiro-ministro se referiu ao relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgado durante as negociações em Viena, segundo o qual o Irã iniciou o processo de enriquecimento de urânio até o nível de 20% de pureza com centrífugas avançadas em sua instalação subterrânea de Fordow.

Bennett observou que o Irã estava realizando “chantagem nuclear” como uma tática de negociação e que isso deve ser enfrentado com a cessação imediata das negociações e por medidas concretas tomadas pelas grandes potências.


Publicado em 04/12/2021 18h18

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