Estudo revela que o Hamas pode ter lucrado com o ataque de 7 de outubro com negociações no mercado de ações

Ilustrativo: Vista da Bolsa de Valores de Tel Aviv, 29 de novembro de 2020. (Miriam Alster/Flash90)

#Terror 

Um estudo recente conclui que o grupo terrorista Hamas pode ter tentado lucrar com o seu ataque de 7 de Outubro a Israel, utilizando o conhecimento prévio do ataque para vender a descoberto empresas israelenses nos dias que antecederam o massacre.

O estudo publicado na revista SSRN por Robert J. Jackson Jr., da Faculdade de Direito da Universidade de Nova York, e Joshua Mitts, da Faculdade de Direito de Columbia, conclui que os comerciantes que aparentemente tinham conhecimento avançado ganharam bilhões de dólares.

“Documentamos um aumento significativo nas vendas a descoberto no ETF da principal empresa israelense, dias antes do ataque do Hamas em 7 de outubro”, diz o jornal.

“As vendas a descoberto naquele dia excederam em muito as vendas a descoberto que ocorreram durante vários outros períodos de crise, incluindo a recessão que se seguiu à crise financeira, a guerra Israel-Gaza de 2014 e a pandemia da COVID-19. Da mesma forma, identificamos aumentos nas vendas a descoberto antes do ataque em dezenas de empresas israelenses negociadas em Tel Aviv”, observa.

A venda a descoberto ocorre quando um trader toma emprestadas ações de uma empresa específica e depois as vende, esperando que o preço caia para que ele possa comprá-las de volta por um preço mais baixo.

“Só para uma empresa israelense, 4,43 milhões de novas ações vendidas a descoberto durante o período de 14 de setembro a 5 de outubro renderam lucros (ou perdas evitadas) de 3,2 bilhões de NIS (740 milhões de dólares) nessas vendas a descoberto adicionais”, diz o estudo.

“Embora não vejamos nenhum aumento agregado nas vendas a descoberto de empresas israelenses nas bolsas dos EUA, identificamos um aumento acentuado e incomum, pouco antes dos ataques, na negociação de opções arriscadas de curto prazo nessas empresas que expiram logo após os ataques”, acrescentou.


Publicado em 04/12/2023 22h50

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