27 mortos em ataques muçulmanos sunitas às forças de segurança de elite do Irã

Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei (Foto: AFP/HO/KHAMENEI.IR)

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O grupo Jaish al-Adl, que luta contra o regime xiita, lançou um ataque na província de Sistão-Baluchistão, onde exige direitos para a minoria étnica Baluchis

Supostos militantes muçulmanos sunitas mataram pelo menos 11 membros das forças de segurança iranianas e sofreram 16 mortes em ataques à sede da Guarda Revolucionária do Irã, na província de Sistão-Baluquistão, no sudeste, informou a mídia estatal na quinta-feira.

Os confrontos noturnos entre o grupo Jaish al-Adl e as forças de segurança ocorreram nas cidades de Chabahar e Rask, informou a TV estatal na quinta-feira.

Cerca de 16 membros do Jaish al-Adl também foram mortos nos ataques.

Segundo o governo iraniano, os milicianos tentaram tomar o quartel-general da Guarda Revolucionária Iraniana em Chabahar e Brask.

Na troca de tiros com eles, o pessoal de segurança iraniano matou 16 milicianos.

Segundo a agência estatal de notícias IRNA, durante o ataque os milicianos fizeram reféns em duas arenas.

Não foi relatado o que aconteceu com os cativos.

“Os terroristas não conseguiram alcançar o seu objetivo de tomar os quartéis-generais da Guarda em Chabahar e Rask”, disse o vice-ministro do Interior, Majid Mirahmadi, à televisão estatal.

A TV estatal disse que outros 10 agentes de segurança também ficaram feridos nos combates na região empobrecida, que tem uma população predominantemente muçulmana sunita.

Jaish al-Adl afirma que procura mais direitos e melhores condições de vida para a minoria étnica Baluchis no Irã dominado pelos xiitas, assumiu a responsabilidade por vários ataques nos últimos anos contra as forças de segurança iranianas no Sistão-Baluchistão.

A área, que faz fronteira com o Afeganistão e o Paquistão, é há muito tempo palco de confrontos frequentes entre as forças de segurança iranianas e militantes sunitas, bem como traficantes de droga.

O Irã é uma importante rota de trânsito de narcóticos contrabandeados do Afeganistão para o Ocidente e para outros lugares.

Em dezembro, o grupo militante atacou uma delegacia de polícia na cidade de Rask, matando 11 seguranças.

Em Janeiro, o Irã atacou com mísseis duas bases do grupo militante no Paquistão, provocando uma rápida resposta militar de Islamabad visando o que dizia serem militantes separatistas no Irã.


Publicado em 04/04/2024 20h13

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