O ministro da Defesa iraniano, Amir Hatami, deu a entender que a falta de resposta da comunidade internacional pode levar a uma retaliação iraniana ao ataque. O comandante da Força Quds, general Esmail Ghaani, alerta sobre um ataque em solo americano como vingança pelo assassinato de seu antecessor.
O Irã na quarta-feira novamente culpou Israel pelo assassinato do cientista nuclear Mohsen Fakhrizadeh e afirmou que tinha “fortes evidências” do envolvimento de Israel na morte de 27 de novembro do homem que se acredita ser o chefe de seu programa nuclear militar.
O ministro da Defesa iraniano, general Amir Hatami, enviou uma carta a 60 ministros da defesa em todo o mundo solicitando que condenassem “o regime sionista” pela “ação desumana, ilegítima e criminosa”.
“O Irã possui fortes evidências de que o regime sionista estava envolvido no assassinato. Os serviços de inteligência sionistas têm uma história sombria de assassinato de cientistas iranianos”, disse a carta.
Israel, suspeito de matar cientistas nucleares iranianos na última década, não comentou o assassinato.
Hatami elogiou Fakhrizadeh na carta, alegando que suas realizações científicas ajudaram o Irã a combater a pandemia do coronavírus. Ele exortou a comunidade internacional a “deixar de lado o duplo padrão” em sua abordagem ao terrorismo de Estado.
Ele ainda insinuou que a falta de resposta da comunidade internacional pode levar a uma resposta iraniana ao assassinato, o que pode minar a estabilidade na região e no mundo.
Enquanto isso, o general Esmail Ghaani, comandante da Força Quds – o braço extraterritorial de elite do Irã – ameaçou na quinta-feira atacar os Estados Unidos “em casa” em retaliação pelo assassinato de seu predecessor.
O general Qassem Soleimani, considerado o arquiteto da política iraniana que o posicionou como o maior patrocinador mundial do terrorismo, foi morto em um ataque de drone dos EUA em 3 de janeiro de 2020, no Iraque.
Publicado em 08/01/2021 11h06
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