O presidente turco Recep Tayyip Erdogan, entretanto, disse ao rei Abdullah da Jordânia que os ataques “desumanos” de Israel contra os palestinos visavam todos os muçulmanos.
O Hamas recebeu apoio de Teerã na noite de segunda-feira, quando o ministro do Exterior iraniano, Mohammad Javad Zarif, disse ao chefe do Bureau Político do Hamas, Ismail Haniyeh, que a república islâmica “está por trás da luta palestina”.
Falando ao telefone, o ministro das Relações Exteriores iraniano também transmitiu “solidariedade de seu país à luta palestina” e que “condena a agressão sionista apoiada pelos Estados Unidos”.
Grupos terroristas baseados na Faixa de Gaza dispararam mais de 200 foguetes contra Israel desde a noite de segunda-feira, ferindo seis israelenses.
Zarif também disse ao líder do Hamas que conversou com o chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, e discutiu com ele a possibilidade de agir contra Israel por meio de organismos internacionais e da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Cavusoglu também discutiu o assunto com seus colegas na Argélia, Paquistão e Rússia.
O telefonema indica uma aproximação significativa entre o Hamas e o Irã, depois que suas relações foram rompidas devido ao apoio do Hamas aos insurgentes na Síria. Teerã reforçou seus laços com a Jihad Islâmica Palestina, que, semelhante ao Hamas, tem sede em Gaza, mas recentemente avançou em direção à reconciliação aberta com o Hamas.
Enquanto isso, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan falou ao telefone com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, dizendo-lhe que “a Turquia fará tudo o que puder para alistar o mundo na luta contra a ocupação e o terrorismo de Israel”.
Milhares de pessoas se reuniram em frente à embaixada israelense em Ancara e seu consulado em Istambul para protestar contra o Estado judeu.
Apesar de um bloqueio total com o objetivo de conter os casos de coronavírus, os manifestantes em Istambul, incluindo sírios e palestinos, carregaram bandeiras palestinas enquanto gritavam “(soldados turcos) a Gaza” e “Abaixo Israel, abaixo a América”.
Erdogan também falou por telefone com o rei Abdullah da Jordânia, o emir xeque Nawaf al-Ahmad al-Sabah do Kuwait, bem como com Haniyeh.
De acordo com um comunicado de seu gabinete, Erdogan disse a Abdullah que os ataques “desumanos” contra os palestinos visavam todos os muçulmanos, acrescentando que a Turquia e a Jordânia precisam trabalhar juntos para detê-los.
Publicado em 11/05/2021 17h54
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