Yom Kippur: Compreendendo as ‘Cinco Restrições’

Oração na conclusão do Yom Kippur no subúrbio de Tel Aviv de Kiryat Ono. (Tzohar)

Em última análise, há uma razão para todas as restrições, e é porque a Torá assim o diz. Dito isso, várias interpretações foram oferecidas.

Yom Kippur, o Dia da Expiação, é o dia mais sagrado do ano. Um dia de perdão e expiação. Um dia passado em oração.

Por que Yom Kippur tem tantas restrições? Existem mais restrições no Yom Kippur do que em qualquer outro dia. Além de todas as restrições regulares do Shabat, existem também “as cinco restrições” de não comer ou beber, não se lavar, não ungir, não usar sapatos de couro e não se envolver em relações conjugais. Por que temos e por que precisamos de todas essas restrições?

Bem, em última análise, há uma razão para todas as restrições, e é porque a Torá assim o diz. Dito isso, várias interpretações foram oferecidas. É explicado que Yom Kippur é na verdade um presente. Deus nos dá um dia por ano para limpar nossas lousas e começar de novo. Sem bagagem, sem esqueletos. Todas as restrições visam nos manter focados na missão do dia: oração e arrependimento. Se pudéssemos verificar nosso e-mail e assistir Netflix no Yom Kippur, fazer uma pausa a cada poucas horas para o café e o almoço, nosso foco poderia não ser tão forte quanto deveria ser. Estaríamos distraídos. Isso tiraria nossas mentes da missão do dia.

Embora as restrições adicionais também tenham o objetivo de garantir que não temos nada em nossas mentes além da oração e do arrependimento (OK, e um estômago roncando!), Elas também têm o objetivo de enfatizar a santidade do dia. As “cinco restrições” simbolizam as cinco necessidades e desejos mais materialistas do ser humano. Yom Kippur, sendo um dia sagrado e espiritual, é o único dia que devemos observar em completa santidade.

Na verdade, somos ensinados que nos tornamos no nível dos anjos no Yom Kippur, e uma vez que os anjos não se envolvem nas “cinco restrições” (nunca), não devemos nos envolver nelas também.

Também é explicado que no Yom Kippur somos como escravos implorando por misericórdia na frente de nosso mestre. Quem está sendo julgado pela vida ou pela morte não está realmente preocupado com os prazeres materialistas que as “cinco restrições” representam. A fim de garantir que estejamos diante de Deus em oração da maneira mais sincera e focada possível, passamos os prazeres materialistas.

Yom Kippur é um dia de foco. Sem distrações. Ficar distraído por prazeres materialistas apenas nos impediria de observar o Yom Kippur como deveríamos. Concentrar-se na oração e no arrependimento garantirá melhor que nosso serviço seja aceito, nossos pecados perdoados e que sejamos selados por um bom ano.


Publicado em 25/09/2020 14h23

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