O Hezbollah, apoiado pelo Irã, lançou na semana passada as maiores salvas de foguetes e drones até agora nos oito meses em que tem trocado tiros com os militares israelenses, em paralelo com a guerra em Gaza.
A intensificação do fogo transfronteiriço do movimento Hezbollah do Líbano contra Israel pode desencadear uma grave escalada, disseram os militares israelenses no domingo.
“A crescente agressão do Hezbollah está a levar-nos à beira do que poderia ser uma escalada mais ampla, que poderia ter consequências devastadoras para o Líbano e toda a região”, disse o porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, numa declaração vídeo em inglês.
As IDF esclareceram posteriormente: “Isto não é uma ameaça, mas uma mensagem para a comunidade internacional”, relatou Maariv.
Em seu anúncio, Hagari disse que o Hezbollah lançou mais de 5.000 foguetes, mísseis antitanque e UAVs explosivos contra Israel desde 7 de outubro.
“O Hezbollah está comprometendo o futuro do Líbano – para que possa ser um escudo para o Hamas.
Um escudo para o Terroristas do Hamas que assassinaram idosos, violaram mulheres, queimaram crianças e raptaram judeus, muçulmanos e cristãos – durante o seu massacre em 7 de outubro”, continuou Hagari.
Hagari disse então que, como resultado do Hezbollah não cumprir a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, as IDF tomarão as “medidas necessárias” para proteger os civis de Israel.
Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU
A Resolução 1701 da ONU apelou a uma zona livre de pessoal armado além do exército do Líbano.
Foi instituído no final da Segunda Guerra do Líbano em 2006, quando foi alcançado um cessar-fogo entre as diferentes partes.
“[O Conselho de Segurança] apela a Israel e ao Líbano para que apoiem um cessar-fogo permanente e uma solução a longo prazo baseada nos seguintes princípios e elementos:”o estabelecimento entre a Linha Azul e o rio Litani de uma área livre de qualquer pessoal armado, ativos e armas que não sejam do governo do Líbano”, afirmou a resolução.
O Hezbollah, apoiado pelo Irã, lançou na semana passada as maiores salvas de foguetes e drones até agora nos oito meses em que tem trocado tiros com os militares israelenses, em paralelo com a guerra em Gaza.
Os EUA e a França estão trabalhando numa solução negociada para as hostilidades ao longo da fronteira sul do Líbano.
O Hezbollah afirma que não irá parar o fogo a menos que a ofensiva militar de Israel em Gaza pare.
Israel tem o dever de defender o povo de Israel.
Cumpriremos esse dever – a todo custo”, concluiu Hagari.
Publicado em 17/06/2024 10h43
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