‘Israel não vai parar até nós mesmos fazermos isso’: Francesca Albanese pede sanções a Israel

Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os direitos humanos nos territórios palestinos, participa de um evento paralelo durante o Conselho de Direitos Humanos nas Nações Unidas em Genebra, Suíça, em 26 de março de 2024.

(crédito da foto: REUTERS/DENIS BALIBOUSE)


#ONU 

A enviada da ONU, Francesca Albanese, afirmou que a única forma de Israel cessar a sua campanha para arrancar o Hamas de Rafah seria se fosse forçado a parar.

A Relatora Especial da ONU para a Palestina, Francesca Albanese, pediu sanções internacionais, embargos e suspensões das relações com Israel em uma postagem no X, antigo Twitter, no sábado.

A responsável da ONU afirmou no seu post que a única forma de Israel cessar a sua campanha para desenraizar o Hamas da cidade de Rafah, no sul de Gaza, seria se fosse forçado a parar.

Sejamos claros. Enquanto a CIJ ordena a Israel que pare a sua ofensiva em Rafah, Israel intensifica os seus ataques contra ela.

As notícias que recebo das pessoas presas ali são assustadoras.

Tenha certeza: Israel não irá parar esta loucura até que NÓS a façamos parar. Os Estados-membros devem impor #sanctions , embargo de armas e suspender as relações diplomáticas/políticas com Israel até que este cesse o seu ataque.


“Tenham certeza: Israel não irá parar esta loucura até que NÓS a façamos parar. Os Estados-membros devem impor #sanções, embargos de armas e suspender as relações diplomáticas/políticas com Israel até que este cesse o seu ataque.”

Os comentários albaneses surgem depois de Israel ter dito que continuaria a sua ofensiva militar contra o Hamas em Rafah, independentemente do veredicto do Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) de que Israel deve suspender as suas ações na cidade.

Israel afirmou que continuaria a sua campanha e acusou o TIJ de desrespeitar o seu direito à legítima defesa.

Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os direitos humanos nos territórios palestinos, participa de uma conferência de imprensa após uma reunião com delegações egípcias para discutir a situação nos territórios palestinos, em meio ao conflito entre Israel e o Hamas, no Cairo. 25 de abril de 2024. (crédito: REUTERS/AMR ABDALLAH DALSH)

Na quinta-feira, a Reuters informou que um porta-voz do governo israelense declarou: “Nenhum poder na Terra impedirá Israel de proteger seus cidadãos e de perseguir o Hamas em Gaza”.

Desentendimentos relacionados à importância do veredicto da CIJ

Além disso, Israel e organizações judaicas em todo o mundo argumentaram, na sequência da decisão do TIJ, que as ações das IDF em Rafah não violam nem violariam a ordem do TIJ, desde que tomasse as medidas necessárias para evitar danos aos civis na Faixa.

Albanese, no entanto, rejeitou firmemente a noção de que a ordem do TIJ não exigia que Israel cessasse as operações militares em Rafah no seu posto.

“Vamos ser claros. Enquanto a CIJ ordena a Israel que pare a sua ofensiva em Rafah, Israel intensifica os seus ataques contra ela”, escreveu ela.

Albanese é há muito tempo uma crítica proeminente de Israel e tem enfrentado acusações de anti-semitismo pelos seus comentários e posições relativas ao Estado judeu.

O Relator Especial da ONU para a Palestina, que ganhou as manchetes nos últimos meses por declarações controversas relacionadas com a guerra Israel-Hamas, bloqueou o Jerusalem Post no X.


Publicado em 26/05/2024 12h14

Artigo original: