A Rússia atendeu a um pedido israelense para adiar por um mês uma audiência que poderia levar ao fechamento dos escritórios da Agência Judaica no país, informou Israel Hayom.
“Pedimos o adiamento para modificar as atividades da associação Anu, que consolida as atividades da agência na Rússia, para que se adeque à lei local”, disse uma fonte política israelense envolvida no assunto.
Ele acrescentou que a resposta aparentemente positiva dos russos pode ser uma “indicação de que eles estão abertos à ideia da agência continuar suas atividades no país”.
Embora Israel tenha mantido por meses que a ameaça da Rússia de fechar a agência decorreu do apoio de Jerusalém à Ucrânia, a fonte disse que Moscou fechou dezenas, senão centenas, de organizações da sociedade civil afiliadas ao Ocidente.
“Aparentemente, o Kremlin emitiu uma diretiva abrangente sobre o assunto, e seus executivos acreditavam que também se aplicava à Agência Judaica – sem entender a natureza única de sua atividade e sua extraordinária importância para Israel. A conduta atual dos russos pode indicar que eles estão tentando corrigir o erro sem admitir”, disse a fonte.
O Ministério da Justiça russo em julho enviou uma carta à Agência Judaica delineando demandas que criaram a base legal para uma audiência inicial. O pedido para cessar as operações da organização foi feito ao Tribunal Distrital de Basmanny, alegando “violações legais”.
A Agência Judaica é uma organização sem fins lucrativos que trabalha em estreita colaboração com o governo israelense para trazer imigrantes judeus de todo o mundo para Israel. A agência atua na Rússia desde 1989 e ajudou mais de um milhão de pessoas da antiga União Soviética a imigrar para Israel.
Estima-se que 150.000 judeus vivem na Rússia hoje.
O primeiro-ministro israelense Yair Lapid alertou anteriormente que o fechamento dos escritórios da agência na Rússia poderia ter “um sério impacto” nas relações diplomáticas entre Jerusalém e Moscou.
Publicado em 21/09/2022 09h53
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