O rabino Pinchas Goldschmidt está em Israel desde março.
O antigo rabino-chefe de Moscou, que está em Israel desde o início da invasão da Ucrânia, deixou oficialmente seu cargo, segundo a mídia de língua russa.
O rabino Pinchas Goldschmidt, que atua como rabino-chefe da cidade desde 1993, trocou a Rússia por Israel no início de março.
Na época, ele negou relatos de que havia fugido da Rússia devido à sua recusa em apoiar a guerra, enquadrando sua partida como uma visita prolongada a seu pai doente, que mora em Israel.
Em junho de 2022, ele disse ao Yediot Ahronot que planejava retornar à Rússia, dizendo que “[eu] não me defino como um rabino exilado, sou um rabino que não vive em sua comunidade”.
Mas Goldschmidt não é mais o rabino-chefe de Moscou.
Apesar de ter votado no mês passado para estender o mandato de Goldschmidt como rabino-chefe, o conselho da Sociedade Religiosa Judaica de Moscou confirmou à agência de notícias russa RBC que ele não estava mais empregado nessa posição.
“O contrato terminou. – Não há dúvida de sucessores, talvez não haja nenhum”, disse Olga Yessaulova, porta-voz da Sociedade Religiosa Judaica de Moscou, à RBC.
O rabino Goldschmidt disse à Agência Telegráfica Judaica: “Ao me despedir de Moscou e da Rússia, estou pensando especialmente em um homem: Albert Reichmann, que me propôs para o cargo de rabino-chefe e que tinha fé em mim que eu seria capaz de cumprir essa grande responsabilidade.”
Reichmann é um filantropo canadense. Entre as muitas causas que ele apoiou está o renascimento de instituições judaicas pós-soviéticas em países do antigo bloco oriental.
“Estou deixando uma comunidade em apuros. Mas do lado de fora, farei o meu melhor para ajudar minha amada comunidade”, disse o rabino Goldschmidt.
O relatório da expulsão do rabino vem logo após o Kremlin ordenar que a Agência Judaica encerre suas operações na Rússia.
Publicado em 10/07/2022 01h58
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