A polícia se reúne perto do protesto anti-Israel da UCLA e ordena que os manifestantes limpem a área

Manifestantes pró-palestinos e anti-Israel observam a atividade policial atrás de uma barricada improvisada no campus da UCLA na quarta-feira, 1º de maio de 2024, em Los Angeles. (Foto AP/Jae C. Hong)

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Policiais se reúnem às centenas no campus da Universidade da Califórnia em Los Angeles depois que anoiteceu na quarta-feira, em preparação para limpar um protesto anti-Israel após confrontos entre manifestantes pró-Palestina e pró-Israel na noite anterior.

Imagens de televisão ao vivo mostram a polícia com equipamento tático entrando no campus da UCLA, adjacente a um complexo de tendas ocupadas por uma multidão de manifestantes.

Alguns ativistas são vistos usando capacetes, óculos de proteção e máscaras respiratórias em antecipação ao ataque, um dia depois de a universidade declarar o acampamento ilegal.

Alguns trabalham para construir escudos caseiros de madeira compensada, caso entrem em conflito com a polícia formando linhas de combate em outros lugares do campus.

Centenas de outros ativistas pró-palestinos reúnem-se fora da cidade de tendas, zombando da polícia com gritos de “Que vergonha”, alguns tocando tambores e agitando bandeiras palestinas, enquanto os agentes marchavam para o terreno do campus.

Muitos dos manifestantes usavam os tradicionais lenços keffiyeh palestinos.

Antes de entrar, a polícia insta os manifestantes a limparem a área de protesto numa praça relvada entre o emblemático auditório Royce Hall, de duas torres gémeas, e a principal biblioteca universitária.

A presença das autoridades e os avisos contínuos contrastam com a cena que se desenrolou na noite anterior, quando grupos de manifestantes pró-Palestina e pró-Israel duelaram, brigando e empurrando, chutando e usando paus para espancar uns aos outros como dias de as tensões sobre a guerra em Gaza explodiram em violência total.

Os combates continuaram por várias horas antes da polícia intervir, embora nenhuma prisão tenha sido feita.

Pelo menos 15 manifestantes ficaram feridos e a resposta morna das autoridades atraiu críticas de líderes políticos, bem como de estudantes e grupos de defesa.


Publicado em 02/05/2024 09h49

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